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Agronegócios
Terça - 24 de Maio de 2011 às 15:23

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Mesmo com a expansão da cana-de-açúcar no sudoeste goiano, as culturas de soja e milho continuam sendo vantajosas e competitivas na região. A afirmação é do analista econômico da Céleres Consultoria em Agronegócio, Anderson Galvão, um dos palestrantes do Circuito Aprosoja, evento realizado na noite desta segunda-feira (23.05), na sede do Sindicato Rural de Rio Verde, distante 220km de Goiânia.
 
De acordo com dados do escritório local do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Rio Verde, a área plantada de cana-de-açúcar saiu de aproximadamente 20.680 hectares na safra 2009/10 para 35.000 hectares na última safra.
 
Segundo Galvão, os produtores com alto nível de tecnologia e gestão têm condições de se manter competitivos na atividade produtiva da soja e do milho na região. “Mesmo com o avanço da produção de cana na região de Rio Verde e entorno, o produtor que tiver organização e eficiência tem todas as condições de se manter na atividade. E este é o principal diferencial que observei junto aos agricultores daqui”, destacou o analista econômico.
 
O analista econômico destacou ainda que até 2020 a área cultivada de soja no Brasil deve passar de 24 milhões de hectares para 32 milhões, um aumento de 8 milhões de hectares. E a de milho deve sair de 13 milhões de hectares para algo em torno de 17 milhões, somando as produções de verão e inverno no grão. “Só na soja e no milho serão 12 milhões de hectares que o Brasil necessita expandir para atender a demanda mundial e interna. Este é um cenário de oportunidades que o país não pode desperdiçar”.
 
Porém, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e da Aprosoja Mato Grosso, Glauber Silveira, esta expansão não acontecerá se o país não conseguir resolver questões fundamentais como, por exemplo, a falta de infraestrutura e logística para o transporte e escoamento da produção, a insegurança jurídica que a atual legislação ambiental coloca o produtor, entre outros problemas que travam o desenvolvimento da agricultura no país.
 
“Nosso objetivo com o Circuito é levar estas informações estratégicas para o produtor e mostrar a importância da união. Já percorremos os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul e o que observamos é que os problemas são os mesmos e a solução só virá com o fortalecimento do setor”, afirmou Silveira.
 
Durante sua palestra o presidente da Aprosoja apresentou os avanços e os principais projetos que a entidade tem desenvolvido em Brasília e no Mato Grosso em busca do fortalecimento da instituição. “O produtor de Rio Verde é o mesmo do Mato Grosso, do Rio Grande do Sul, da Bahia, os problemas são os mesmos e é por isso que estamos visitando os estados sojicultores para unificar a pauta e convergir os interesses, a fim de defender os interesses do produtor de soja e milho no Brasil”.
 
Rio Verde é o terceiro estado a receber as palestras do Circuito Aprosoja, que já visitou as cidades de Dourados (MS), Cascavel (PR) e Santo Ângelo (RS). Nesta terça-feira, o evento segue para Luís Eduardo Magalhães (BA).






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