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Opinião
Sexta - 29 de Novembro de 2024 às 00:23
Por: Laerte Basso

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Miomas uterinos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, são tumores benignos que se desenvolvem no útero. Eles são formados a partir de células musculares lisas e tecido fibroso e podem variar significativamente em tamanho e número, desde pequenos nódulos até massas volumosas que podem distorcer e aumentar o útero.

Muitas mulheres com miomas uterinos não apresentam sintomas. No entanto, quando presentes, os sintomas podem incluir ciclos menstruais abundantes ou prolongados, às vezes com coágulos, sensação de peso ou dor na região pélvica, que pode ser constante ou intermitente, necessidade frequente de urinar ou dificuldade em esvaziar a bexiga completamente, pressão sobre o reto pode causar dificuldades intestinais e dispareunia ou dor durante a relação sexual. Nos casos de miomas grandes, pode haver um aumento perceptível do abdômen.

Os miomas são classificados de acordo com sua localização no útero:

Intramurais: Localizados na parede muscular do útero, são os mais comuns e podem causar aumento do útero e sangramento intenso.

Subserosos: Crescem na parte externa do útero e podem pressionar a bexiga ou o reto, causando sintomas urinários ou intestinais.

Submucosos: Crescem no revestimento interno do útero e são os mais propensos a causar sangramento menstrual intenso e problemas de fertilidade.

Pediculados: Ligados ao útero por um pedículo ou haste, podendo se torcer e causar dor intensa.

Quanto ao diagnóstico dos miomas uterinos, geralmente é realizado por meio de exame pélvico, que podem identificar anomalias no tamanho e forma do útero; uso de ondas sonoras para criar imagens do útero e confirmar a presença de miomas; ressonância magnética (RM), que fornece imagens detalhadas para avaliar o tamanho, número e localização dos miomas; histeroscopia, com a inspeção do interior do útero com um endoscópio, especialmente útil para miomas submucosos; e a laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo para visualizar os miomas, geralmente usado para diagnóstico e tratamento simultâneo.

O tratamento dos miomas uterinos depende da gravidade dos sintomas, do tamanho e localização dos miomas, da idade da paciente e do desejo de manter a fertilidade. As opções incluem tratamentos medicamentosos e cirurgias também chamadas de miomectomia, e a remoção total ou parcial do útero, conhecida como histerectomia.

Os miomas uterinos são uma condição comum que pode causar uma variedade de sintomas, desde assintomáticos até graves, afetando significativamente a qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para o manejo eficaz dos miomas.

Consultar um ginecologista é fundamental para discutir as opções de tratamento e escolher a melhor abordagem, considerando os sintomas, a idade e os planos reprodutivos da paciente.

Dr. Laerte Basso é ginecologista e obstetra, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e da Sociedade Européia de Endometriose e Doenças do Útero, e integra a equipe multidisciplinar do Instituto Eladium, em Cuiabá (MT)



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