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Internacional
Segunda - 24 de Janeiro de 2011 às 15:40

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AP
Aeroporto Domodedovo é o mais movimentado dos três terminais aéreos da capital russa; bomba matou 31
Aeroporto Domodedovo é o mais movimentado dos três terminais aéreos da capital russa; bomba matou 31

A explosão no Aeroporto Internacional Domodedovo, em Moscou, matou ao menos 35 pessoas nesta segunda-feira e deixou outros 130 feridos, informou a porta-voz Yelena Galanova à rede NTV nesta segunda-feira.

A bomba foi detonada --supostamente em um atentado suicida-- nas esteiras de bagagem do terminal de chegadas internacionais às 16h40 locais (11h40 no horário de Brasília).

De acordo com a CNN, todos os voos que aterrissariam nos terminais de Domodedovo até o fim do dia estão sendo direcionados para os outros dois aeroportos da capital russa, Vnukovo e Sheremetievo, que operam em alerta máximo de segurança.

REAÇÃO AMERICANA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou firmemente nesta segunda-feira o atentado.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que Obama foi informado do atentado pelo assessor para a luta contra o terrorismo do governo, John Brennan.

Gibbs destacou o compromisso do presidente americano em manter uma estreita colaboração entre os países na luta contra o terrorismo. O porta-voz, no entanto, não quis se pronunciar sobre a autoria do ataque.

EMBAIXADA BRASILEIRA

A Embaixada do Brasil em Moscou afirmou estar em contato com a polícia local mas que, até o momento, não há notícia de brasileiros entre as vítimas do atentado.

O diplomata Miguel de Pereira Franco afirmou à Folha por telefone que o aeroporto de Domodedovo tem muito tráfego, mas muitos voos atendem a região da Ásia Central. Por isso, a possibilidade de que houvesse brasileiros no local no momento do ataque é pequena.

Testemunhas relataram que o terminal se encheu de fumaça rapidamente, o que dificultou o trabalho das equipes de resgate.

Bombeiros e equipes de resgate já prestam os primeiros serviços e o governo ordenou que estações de metrô e prédios oficiais sejam vasculhados em busca de materiais explosivos.

Mark Green, que chegou à capital russa num voo da British Airways, disse à emissora britânica BBC que um grande estouro foi ouvido no aeroporto.

"Literalmente nos balançou. Quando colocávamos as malas no carro vários alarmes foram disparados e as pessoas começaram a sair do terminal, algumas cobertas de sangue", relatou.

REAÇÃO RUSSA

Em pronunciamento à nação, o presidente russo, Dmitri Medvedev, prometeu perseguir e punir os responsáveis pelo ataque. A segurança será reforçada em terminais de transporte de grande porte", afirmou o presidente também por meio do Twitter.

"Lamentamos as vítimas do ataque terrorista no aeroporto de Domodedovo. Os organizadores [do atentado] serão perseguidos e punidos", completou.

METRÔ

O maior ataque terrorista dos últimos anos na cidade ocorreu no dia 29 de março de 2010, quando duas mulheres suicidas da região do Daguestão detonaram explosivos em duas estações do metrô de Moscou, matando 40 pessoas.

O primeiro atentado aconteceu às 7h57 (0h57 no horário de Brasília) em um vagão parado na estação Lubianka. A Praça Lubianka abriga a sede do FSB, sucessor da KGB soviética, que neste edifício interrogava e eliminava os dissidentes durante as punições da então União Soviética.

O segundo atentado foi executado na estação Park Kultury, na mesma linha do metrô, às 8h40 (1h40 no horário de Brasília). A estação fica próxima ao Parque Gorky.

TERROR NA RÚSSIA

Analistas têm afirmado que rebeldes que travam uma insurgência islâmica no norte do Cáucaso --majoritariamente muçulmano-- estão planejando aumentar sua campanha violenta em 2011 enquanto o país se prepara para a eleição presidencial de 2012.

Moscou registrou nos últimos dez anos uma série de explosões reivindicadas por militantes da causa separatista da Tchetchênia, uma república do Cáucaso. Nos últimos anos, contudo, os atentados se tornaram menos frequentes.

Em agosto de 2009, Medvedev anunciou a ampliação da campanha contra o terrorismo no Cáucaso Norte, após um atentado suicida ter sido perpetrado contra um prédio da polícia na república da Inguchétia, no qual morreram 24 pessoas.






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