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Educação/Vestibular
Sábado - 31 de Agosto de 2013 às 15:47

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O alto custo e a grande concorrência por vagas em cursos de medicina no Brasil fazem com que muitos candidatos busquem a especialização fora do País. É o caso de quase 30 jovens, com idade entre 17 e 23 anos, que foram para Rússia em fevereiro deste ano. 


 
Isso porque o governo russo dá incentivos para estudantes estrangeiros. A faculdade que custa no Brasil a mensalidade de R$ 2.325 a R$ 6.836, na Rússia custa R$ 5.500 o semestre, incluindo moradia e plano de saúde. 
 


Contudo, o médico formado fora do Brasil precisa passar pela prova "Revalida" para poder exercer a função em território nacional. 


 
Segundo a diretora da Aliança Russa de Ensino Superior, Carolina Perecini, para ingressar no curso de seis anos de duração, o estudante e seus familiares passam por entrevistas.


 
—Não se pode ter o pensamento de ir só para viajar e passear. Além disso, precisamos ver se o candidato tem personalidade para ser independente.


 
As aulas oferecidas no curso da Aliança Russa são dadas em inglês e, para que os brasileiros entendam melhor o idioma é feito um curso preparatório antes de se iniciar a faculdade de medicina.


 
A estudante Lorrayne Carolline Rosa Anastásio, de 25 anos, esta há um ano e dois meses na cidade de Kursk, Rússia, e conta que pode amenizar a saudade da família e dos amigos com ajuda da internet.


 
— Pode parecer loucura o que vou dizer e vocês vão questionar como é possível, mas eu consigo, três vezes por semana, fazer refeição com minha família por vídeo conferência. Acompanho as novelas que eu gosto, passei o meu ano novo em dois países ao mesmo tempo.


 
Lorrayne morava em Brasília e se formou em matemática. Ela conta que os professores na Rússia são rígidos e cobram preparação antes das aulas.


 
— O diferencial é que o sonho é muito mais acessível para aqueles que desejam estudar aqui do que no Brasil, país muito bom, com tantas riquezas, mas que não disponibiliza acesso a todos os que querem, tudo é muito ilusório. Se as faculdades particulares tivessem um valor dentro dos padrões da realidade e as públicas fossem destinadas realmente para quem não tem condições para pagar, talvez houvesse maior comprometimento das pessoas e menos estudantes frustrados.


 
* colaborou a estagiária Jéssica Rodrigues.




Fonte: Do R7

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