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Economia
Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 16:34

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Após a sanção da Lei Federal que determina a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) no mês de agosto deste ano, as indústrias de reciclagem deram início a uma série de reuniões nas principais cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, com o intuito de articular a representatividade fiel do setor para levar ao Ministério de Meio Ambiente (MMA) sugestões para a regulamentação da PNRS. Nesse contexto, por iniciativa do Sindicato das Indústrias de Reciclagem do Estado de Mato Grosso (Sindirecicle), foi realizado o I Encontro Nacional das Associações das Indústrias de Reciclagem (I Enair), no dia 1º de dezembro, na capital paulista, simultaneamente ao 5º Encontro Nacional da Indústria (Enai).

Como resultado das deliberações do I Enair, nesta semana será encaminhada a ‘Carta de São Paulo’ ao Ministério, que tem como destaque o posicionamento das indústrias de reciclagem dos diversos segmentos, sobre o consenso de que seja realizado um desdobramento na Lei para determinar a diferença entre as matérias-primas recicláveis do lixo ou resíduos a serem neutralizados. “Com essa especificação definida em Lei, os representantes da classe também entendem a necessidade da elaboração do Código de Reciclagem, assim como há os Códigos Florestal e de Mineração”, comenta o presidente do Sindirecicle-MT, Carlos Israilev.

Para dar encaminhamento a esses anseios do setor, durante o encontro foi aprovada a criação do Instituto Brasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico de Reciclagem (IBPDTR), que primeiramente terá a incumbência de trabalhar nesse horizonte e depois servir como base de apoio a toda a cadeia da reciclagem. Israilev ressalta que a iniciativa foi levada a conhecimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do seu Conselho de Meio Ambiente, que manifestou o interesse de fortalecer a ação.

Ainda de acordo com o presidente do Sindirecicle-MT, a continuação dos trabalhos do grupo será no sentido de ampliar a base de apoio junto às associações, empresas privadas e outras instituições, convocando todas as entidades de classe do Brasil para participar de um movimento único, visando os benefícios da sociedade como um todo. “O evento surgiu como a necessidade de dar resposta ao poder público quanto a regulamentação da Lei, mas o estimulo à discussão sobre o papel da cadeia da reciclagem nos mostrou que chegou a hora de todos os cidadãos brasileiros terem plena consciência da real importância dos segmentos atrelados”, diz Israilev.

O empresário enfatiza que o setor representa muito mais que o viés social e ambiental, como é conhecido hoje pelo senso comum. “É uma cadeia econômica forte, geradora de emprego e renda, que há dezenas de anos recolhe tributos em uma atividade que deveria ser estimulada pelo bem público. No unimos para mostrar à sociedade a contribuição deste importante setor e o quanto precisa ter uma reestruturação, inserida no conjunto das atividades econômicas do país. Por esse motivo, queremos sensibilizar o poder público para debater sobre a regulamentação da Lei com essa nova visão”, explica Israilev.

Além do Sindirecicle-MT, o evento contou com a participação das principais entidades representativas da classe como o Sindicato das Indústrias de Reciclagem do Rio de Janeiro (Sindieco), Sindicato das Indústrias de Reciclagem do Ceará (Sindiverde), a Associação Brasileira das Indústrias Recicladoras de Papel (Abirp), Associação Nacional dos Aparistas de Papel (Anap), Associação Nacional das Empresas de Reciclagem de Pneus e Artefatos de Borrachas (Arebop).






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