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Internacional
Quarta - 27 de Outubro de 2010 às 09:35

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Iman Yousef foi diagnosticada com esquizofrenia e não pode participar do julgamento
Iman Yousef foi diagnosticada com esquizofrenia e não pode participar do julgamento

Um júri da cidade de Birmingham, na Inglaterra, analisa desde a última terça-feira o caso de Iman Omar Yousef, 25, que esfaqueou repetidamente sua filha de três anos e mergulhou seu corpo em ácido.

Yousef, que é de origem somaliana e pediu asilo no Reino Unido, foi diagnosticada com esquizofrenia e considerada incapaz de enfrentar julgamento.

O corpo de Alia Ahmed Jama foi descoberto pela polícia em fevereiro, no chão da casa da família.

No dia anterior, assistentes sociais e políciais haviam visitado a casa depois que a mãe e a tia de Yousef, que vivem em uma cidade próxima, expressaram preocupações sobre a segurança da neta.

Eles constataram que a menina parecia bem de saúde e deixaram a casa dizendo a Iman Yousef que monitorariam seu histórico médico.

Segundo testemunhos concedidos ao júri, Yousef levou a criança a uma delegacia de polícia no mesmo dia e exigiu que os policiais as colocassem em um hotel.

Ela dizia que pessoas que a haviam "maltratado" estavam tentando entrar em sua casa.

Yousef voltou para casa com a filha e, no dia seguinte, viajou sozinha para a casa da mãe, na cidade de Leicester. Ao ouvir que a menina estava "em um lugar seguro", a mãe de Iman Yousef ligou para a polícia

"Cenário chocante"

Segundo o promotor James Burbidge, os policiais encontraram "um cenário realmente chocante" ao entrar na casa de Iman Yousef.

O corpo de Alia Jama foi encontrado no chão em estado de decomposição, e parcialmente coberto com sacos de lixo. Segundo Burnidge, os policiais sentiram cheiro de ácido.

A menina também apresentava diversos ferimentos feitos com o que parecia ser uma faca grande, que teria sido usada com tanta força que teria perfurado o corpo da criança e deixado marcas no carpete e no chão da casa. Nenhuma arma foi encontrada.

O patologista James Lucas, que fez a autópsia da criança, disse que havia "dano corrosivo extenso", que atrapalha a análise dos ferimentos de vários tamanhos e profundidades existentes no peito da menina.

Por isso, ele diz que é difícil determinar a causa da morte.

Especialistas também não conseguiram identificar a substância que foi aplicada ao corpo de Alia, mas um teste revelou que era ácido.

Lucas afirmou ainda que Alia não engoliu a substância e estava inconsciente ou morta quando foi mergulhada no ácido.

Esquizofrenia

A mãe e a tia de Yousef, que moram em Leicester, já haviam demonstrado preocupação com sua saúde mental, dizendo que ela agia estranhamente e falava sozinha. A mãe chegou a dizer que havia tirado facas das mãos de Iman em duas ocasiões.

Iman Yousef morava na Holanda antes de mudar para o Reino Unido, em 2007.

Ela foi considerada incapaz de comparecer ao julgamento, depois que três psiquiatras a diagnosticaram com esquizofrenia paranóide com alucinações visuais.

Uma nova audiência deve ocorrer na próxima terça-feira. O júri vai decidir se Yousef realmente cometeu o assassinato da filha.






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