O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) trabalha com a possibilidade de a eleição ser disputada em dois turnos em Mato Grosso
MT tem o sexto voto mais caro do país

Mato Grosso vai realizar, no dia 3 de outubro, uma das eleições mais caras do país. Levantamento disponibilizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) revela que em valores relativos o Estado ocupa o 6º lugar no ranking nacional.

Com orçamento para o pleito da ordem de R$ 10,622 milhões, cada um dos 2.095.825 eleitores custará R$ 5,07 para a Justiça Eleitoral. Se levada em consideração a divisão proporcional dos valores sobre o número de votantes em pontos de difícil acesso, o custo por eleitor pode chegar a R$ 19,50.

De acordo com o balanço, em números relativos ocupam a liderança da lista os estados do Amazonas e Pará. Em valores absolutos, Mato Grosso passa para o 17º lugar, num ranking liderado pelos maiores colégios eleitorais do país, como São Paulo e Minas Gerais. Os valores projetados para as eleições deste ano – repassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - confirmam desde já a organização do Tribunal Regional para dois turnos.

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Ailton Lopes, a possibilidade de ocorrer o segundo turno eleitoral no Estado conta com previsão de recursos sobre o total disponibilizado pelo TSE. No entanto, não está descartada a possibilidade de a Corte solicitar a suplementação para o Tribunal Superior.

Ailton destaca ainda que o órgão vem trabalhando para garantir a plena organização das eleições – principalmente nas regiões de difícil acesso, como aldeias indígenas e alguns pontos da zona rural do Estado.

Para a plena realização do pleito geral, o Tribunal conta ainda com apoio do governo do Estado, através de parceria realizada com o Executivo estadual – que também vai colaborar com apoio logístico para as eleições. No rol de despesas da Corte constam gastos como a locação de automóveis e aeronaves, necessárias para o deslocamento de equipes do Tribunal para municípios do interior e que também são utilizados para transporte de urnas.

Ailton lembrou que o Tribunal trabalhará com 83 pontos remotos para transmissão via satélite do resultado de pontos de difícil acesso. No total, são 23 aldeias indígenas que contarão com urnas eletrônicas para o exercício do voto de 6.774 índios aptos ao pleito. O secretário citou, como exemplo, de distância a aldeia Metuktirê, na região de Peixoto de Azevedo.

O Tribunal trabalha com a possibilidade de divulgar o resultado das eleições na data do pleito. Ailton disse que a Corte trabalha para a consolidação dos trabalhos seguindo a perspectiva de que a conclusão dos trabalhos ocorra “até o fim do dia 3 de outubro”. Ele acrescentou ainda que algumas localidades concentradas nas zonas rurais também são consideradas pontos de difícil acesso – fazendo parte da lista dos locais que geram custos maiores e que elevam o valor por eleitor.