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Educação/Vestibular
Segunda - 24 de Maio de 2010 às 13:32

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Os trabalhadores da educação de Cláudia, a 608 km de Cuiabá, retomaram às atividades hoje (24). A paralisação, que completou mais de dois meses, foi encerrada em função da assinatura, por parte do prefeito municipal, Vilmar Giachini (PMDB), do Termo de Compromisso. Depois de várias tentativas de negociação, a categoria e o Poder Executivo assinaram um acordo, após a intervenção, pela segunda vez, do governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB).

Os trabalhadores se refugiaram em Cuiabá no dia 17 de maio, em virtude de ameaças, inclusive de morte. Na noite de sexta-feira (21), os profissionais retornaram para Cláudia, depois da reunião entre a Direção Central do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e representantes do gabinete do governador. O resultado foi uma nova proposta, intermediada pela secretária extraordinária de Apoio a Políticas Educacionais, Flávia Nogueira. “O posicionamento do prefeito demonstra que sem a luta dos trabalhadores da educação por valorização profissional, não há avanços”, afirmou o presidente da subsede, Edson Sauthier.

Na quinta-feira (20), o próprio governador negociou uma proposta, durante audiência com membros da direção do Sindicato. Na ocasião, o prefeito se comprometeu, por telefone, que iria cessar as retaliações aos profissionais e retomar o diálogo. Lamentavelmente, o prefeito não honrou o compromisso firmado com o Executivo Estadual, impedindo assim o fim do movimento grevista. “Já no momento da volta da categoria, por intermédio do vereador Roberto Dalmaso (PR), fomos comunicados que o prefeito havia assinado o documento”, relatou o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares.

O termo de compromisso sofreu pequenas alterações, mas estas não comprometeram o acordo. Dentre os avanços conquistados, está a garantia da formação de um Grupo de Trabalho (GT) para realização de estudos das receitas e despesas da Educação. Dessa forma, é possível apontar o piso possível aos profissionais. O termo de compromisso estipula ainda o prazo de 60 dias para concluir o estudo sobre o atendimento da demanda educacional no município. “Com relação à suspensão do corte de salários, estamos aguardando que o prefeito cumpra efetivamente o que prometeu, pois nós já cumprimos nossa palavra e voltamos às salas de aula”, afirmou o presidente da subsede.

Além disso, Vilmar Giachini se comprometeu a restituir o pagamento integral de salário referente aos dias paralisados, sendo que o mês de abril deve ser pago após o retorno das atividades, enquanto o pagamento do mês de maio será reposto na data do vencimento. Também consta no acordo a suspensão dos procedimentos adotados para a rescisão dos contratos temporários, bem como a abertura de processo administrativo disciplinar em relação aos efetivos. A categoria continua vigilante. “Todos os obstáculos que enfrentamos nesta greve fortaleceram e uniram ainda mais os profissionais. Em muitas situações, nos sentimos menosprezados e, a partir de agora, não vamos deixar de exigir nossos direitos”, assegurou Edson Sauthier.






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