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Segunda - 24 de Maio de 2010 às 10:26
Por: Thalita Araújo

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O pré-candidato ao governo pelo PSB, Mauro Mendes, em entrevista ao programa Cidade Independente (Cidade 94,6 FM) na manhã desta segunda-feira (24), analisou como exagerado o número de mandados de prisão expedidos durante a Operação Jurupari, deflagrada na última sexta (21) em combate a crime ambientais. Segundo a Polícia Federal, há 91 mandados, dos quais 64 já foram cumpridos. “A impressão que se tem é que em cada operação querem bater o recorde de prisões”, disse o socialista.

Os mandados foram expedidos pelo juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, com pedidos da PF (que já vinha investigando o caso de exploração ilegal da Amazônia há cerca de dois anos), e também do Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador da República Mário Lúcio Avelar.

“A PF já estava há tanto tempo investigando o caso e pediu as prisões necessárias. Aí vem o MPF e pede mais umas tantas”, afirmou o empresário. Mendes disse que mesmo tendo apenas informações preliminares sobre a operação, consegue ver excessos e muita gente presa sem necessidade.

“Tem gente de bem presa ali, principalmente do setor produtivo. Gente que tem residência fixa, e que não precisaria estar presa só para responder aos tipos de questionamentos que estão fazendo”, reclamou o pré-candidato.

Operação Jurupari

A Operação Jurupari foi deflagrada na sexta-feira (21) pela Polícia Federal para reprimir crimes ambientais, como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia. Foram expedidos 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso e, ainda, em São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo, expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.

Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.

As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.






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