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Domingo - 23 de Maio de 2010 às 18:50
Por: Alexandre Alves/De Sinop

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O advogado Alexandre Gonçalves Pereira, que defende o ex-secretário adjunto de Governo de Sinop, Antônio José de Góis, preso na sexta-feira (21) sob acusação de ligação com crimes ambientais apontados na Operação Jurupari, vai acionar o juiz federal Julier Sebastião da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Regional Federal (TFR) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Alexandre Pereira disse, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, que ficou comprovado, em um ‘rascunho’ de Julier, na página 14, na decisão que culminou com as prisões, que a operação teve ‘viés político’. “Julier esqueceu-se de retirar suas anotações particulares sobre os fatos, constando na própria decisão que decretou a prisão dos envolvidos, o seu envolvimento pessoal e decisivo, não só com o rumo e as coordenadas, mas em principal, demonstrando o total vies politico das investigações”.

O trecho que comprovaria a suposta intenção do juiz em envolver políticos de Mato Grosso com crimes ambientais está na página 14 do processo, assim descrito: “f) Fazendo Bico do Garrafão, I e II –(caso 23) e Fazenda Morada do Sol (caso 30) – Marcos Zanchett??? (não me lembro). Se nato (sic) tiver politico, não precisa analisar. Ver apenas se era o do Arcanjo.”

O advogado de defesa já entrou com pedido de Habeas Corpus em favor de Antonio Jose de Gois no Tribunal Regional Federal da Primeira Região. Conforme Alexandre Pereira, ele deve acionar Julier nesta segunda-feira. “Estou finalizando o processo hoje e amanhã devo pedir suspeição do juiz Julier, visto que foi parcial nesse decreto prisional”.

Além da suspeição, o advogado vai fazer reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, representação no Conselho Nacional de Justiça, representação na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da Primeira Região e, comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado de Mato Grosso para as providências cabíveis e acompanhamento do caso.

“Está comprovada também a usurpação de competência, já que ele transcreveu conversas telefônica do deputado federal Eliene Lima e uma investigação nesse sentido caberia ao STF. Ficou demonstrado que o interesse era atingir políticos”, apontou o advogado.

Alexandre Gonçalves Pereira, que foi assessor jurídico da Prefeitura de Sinop nos primeiros meses do mandato do prefeito Juarez Costa, finalizou a entrevista afirmando que o magistrado não pôde decretar a prisão dos mesmos, mas buscou atingir seus familiares e assessores. “Uma vez que os alvos do Julier têm foro privilegiado e o ilustre magistrado não tem competência jurisdiconal para prendê-los, usurpou da competência do Supremo Tribunal Federal, em conluio com o MPF, para atingir apenas os familiares dos políticos”.

Entre os parentes e assessores que tiveram prisão decretada, está a esposa do deputado estadual José Riva (PP), Janete Riva; o ex-prefeito de Tabaporã, Paulo Rogério Riva, que é irmão do presidente da Assembleia Legislativa; Adilson José Figueiredo e Cristiano Volpato - assessores do deputado José Riva; Silvio Cesar Correa Araújo - chefe de gabinete do governador Silval Barbosa]; Antonio Jose de Góis – ex-secretário adjunto de Governo e assessor do prefeito de Sinop, Juarez Costa.; Sílvio Cesar da Silva - chefe de gabinete da Câmara de Sinop, entre outros.






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