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Politica MT
Sexta - 21 de Maio de 2010 às 12:54
Por: Kelly Martins e Alline Marques

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Doze servidores públicos que atuavam na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) são investigados pela Polícia Federal, na Operação Jurupari, por envolvimento em 68 empreendimentos irregulares que faziam extração de madeira em terra indígena.

As informações foram repassadas pelo delegado Franco Perazoni e pelo superintendente Valmir Lemos, na manhã desta sexta-feira (21). Eles explicaram que as irregularidades ocorreram, principalmente, nas propriedades localizadas no Parque do Xingu, Caiabi, Cinta Larga, Mapelão e Parque de Juruena.

Entre eles, o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, o secretário adjunto de Desenvolvimento Rural, Afrânio Migliari, além do chefe de gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Corrêa, ambos já atuaram na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O esquema funcionava em “esquentar” madeira ilegal, ou seja, faziam a extração irregular de madeiras e elaboravam créditos fictícios. Na prática, os donos dos empreendimentos contratavam os engenheiros e os profissionais, em muitos casos, aprovavam espécies de madeiras, cujo laudos periciais comprovaram que alguns deles não eram sequer típicos da região.

Operação Jurupari

A Operação Jurupari foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) pela Polícia Federal para reprimir crimes ambientais, como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia. Estão sendo cumpridos 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo, expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.

Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.

As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.






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