Prefeito de Brasnorte não se conforma em devolver R$ 2 mi e vai recorrer
O prefeito de Brasnorte, Mário Rui Heisler (PR), garante que vai recorrer da decisão do TCE, que determinou a devolução de R$ 2 milhões após constatar irregularidades na compra de 18 ônibus escolares. “O que eu não entendo é porque o TCE quer que eu pague quase R$ 2 milhões, se este foi o valor que eu paguei em todos os ônibus ao longo de 30 meses, num processo feito às claras”, questionou o prefeito.
Formulada em 2008, a denúncia que motivou a decisão do TCE, foi realizada pelo vereador Gilberto Marcelo Bazzan, o Betinho (PSDB), que afirmou que a prefeitura pagou muito caro pelos veículos. O prefeito acredita que foi vítima de uma manobra eleitoral. “Estávamos em plena eleição. Foi uma jogada política na época”, disse em relação a atitude do vereador Betinho. “Ele tem problemas com todo mundo, inclusive está sendo processado pelo Ministério Público”, continuou.
Heisler explica que todo o processo licitatório foi acompanhado pelos 9 vereadores que compõem o Legislativo, inclusive Betinho. No primeiro ano de sua administração, o transporte escolar era terceirizado e, segundo o prefeito, custava mais de R$ 2 milhões ao ano para os cofres municipais. “Se não tomássemos uma providência urgente, ou o transporte ou a prefeitura iria parar”, ponderou.
Diante desse quadro, o prefeito disse que se reuniu com parlamentares e, em conjunto, tomaram a decisão de adquirir os ônibus. Para isso, inclusive, ele destaca que a Câmara formou uma comissão com o intuito de pesquisar a melhor proposta. “Acontece que a prefeitura estava tão afundada em dívidas que estávamos desacreditados por todos os fornecedores, de forma que apenas uma empresa manifestou interesse em vender para a gente”, destacou. “Foram um pouco caros? Pode até ter sido, mas eram os únicos que tínhamos”, justificou o prefeito.Os veículos rodam cerca de 4 mil quilômetros diariamente nas 23 linhas responsáveis pelo transporte dos alunos. Heisler afirma ainda que a aquisição dos ônibus gerou uma economia de R$ 500 mil por ano aos cofres municipais.
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