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Nacional
Quarta - 28 de Abril de 2010 às 18:28

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No último dia dado pela Justiça para que a ex-jogadora de vôlei Hilma Caldeira, 38, entregue seu filho às autoridades, a defesa da ex-atleta dará uma última cartada para tentar suspender os efeitos da decisão judicial que determinou que o menino fosse levado de volta aos EUA, país onde nasceu.

De acordo com a advogada Cristiane Nilo Abranches de Miranda, os advogados que defendem Hilma irão impetrar dois mandados de segurança --um no TRF (Tribunal Regional Federal) e um no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília, para tentar suspender o mandado de busca e apreensão referente à criança.

Para Miranda, é importante considerar que o menino, de quatro anos, já está adaptado ao Brasil. "O laudo pericial diz que ele sofrerá abalo psíquico com a ida [para os EUA]. Ele reconhece como figura paterna a mãe."

Na decisão, publicada no dia 20, o juiz João César Otoni de Matos, da Justiça Federal em Minas Gerais, deu dez dias para que a criança fosse entregue às autoridades brasileiras --ou seja, deveria ser feita nesta quinta-feira (29). Miranda afirma que a defesa vai aguardar uma decisão sobre os mandados de segurança antes de devolver o menino.

Hilma e o pai da criança, o americano Kelvin Birotte, foram casados entre 2004 e 2006. Eles se conheceram quando ele era chef na cozinha de um hotel em Las Vegas. O pai da criança diz que, em 2006, mãe e filho viajaram ao Brasil para passar três meses, e não voltaram mais para os EUA.

Segundo parentes e amigos, Hilma e o menino saíram de Belo Horizonte, onde vivem, há cerca de duas semanas. A reportagem os procurou, mas não consegue encontrá-los desde sexta-feira passada.

O caso relembra o do menino Sean Goldman, entregue ao pai americano em dezembro por decisão da Justiça. Mais uma vez, a situação envolve a Convenção de Haia, da qual o Brasil é signatário, que regula o sequestro internacional de crianças.

No caso de Hilma, caberá à Justiça americana decidir quem ficará com o menino.






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