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Meio Ambiente
Segunda - 12 de Abril de 2010 às 14:00

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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, revelou que 13 cidades de Mato Grosso que fazem parte do arco de desmatamento podem deixar a lista dos maiores desmatadores da floresta amazônica. A informação foi confirmada durante a coletiva de imprensa sobre a redução do desmatamento da Amazônia de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

A ministra explicou que, para tanto, basta que esses municípios realizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em pelo menos 80% do território. Para fazer o cadastro, o proprietário deve fazer o georreferenciamento da área definindo sua Reserva Legal e as Áreas de Proteção Permanente (APPs). Caso realizem o cadastro, saem da lista as cidades: Nova Ubiratã, Juara, Cotriguaçu, Peixoto de Azevedo, Juína, Brasnorte, Nova Maringá, Porto dos Gaúchos, Vila Rica, Paranaíta, Confresa, Querência e Alta Floresta.

Os municípios estão entre as 22 cidades que, de acordo com a ministra, podem deixar de fazer parte desta lista de desmatadores. Também fazem parte da lista as cidades: Lábrea (AM), Cumaru do Norte (PA), Rondon do Pará (PA), Nova Mamoré (RO), Machadinho D"Oeste (RO), Santana do Araguaia (PA), Santa Maria das Barreiras (PA), Tailândia (PA) e Pimenta Bueno (RO).

Apesar da redução de 51% do desmatamento durante o período, Mato Grosso foi o estado que mais desmatou a Amazônia nos dois primeiros meses de 2010. Os primeiros dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em tempo real, do Inpe, mostram que o Estado respondeu por 69% das derrubadas do período.

Dos 208 km² desmatados na Amazônia, 143 km² foram em Mato Grosso, que tinha a maior parte do território sem nuvens. Em seguida estão Roraima, com 26,9 km² de novos desmates, e o Pará, com 17,2 km² a menos de florestas.

Recorde de baixa no desmatamento

O secretário de Estado do Meio Ambiente, coronel PM Alexander Torres Maia, disse na última sexta-feira (09) que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), consolidam a previsão dos técnicos do Estado de que haverá um novo recorde de baixa no desmatamento em Mato Grosso neste ano. "Embora o Estado tenha tido, de acordo com o Inpe, a maior área com indícios de desmatamento entre os Estados Amazônicos no primeiro bimestre, ao compararmos com o mesmo período do ano passado detectamos uma redução de mais de 43% na área desmatada", salientou o secretário ao destacar ainda que, ao contrário dos outros Estados da Amazônia Legal, em Mato Grosso, a detecção de indícios de desmatamento pôde ser feita em cerca de 80% do território.

Já é natural que o Estado de Mato Grosso lidere o ranking de áreas com indícios de desmatamento no fim e no começo dos anos em função da sua característica climática peculiar que é a presença de poucas nuvens nestes períodos. "Esta pouca presença de nuvens, ao contrário dos outros Estados permite, através de análise de imagens de satélite, a análise de praticamente todo o Estado de Mato Grosso", explicou o secretário adjunto de Qualidade Ambiental, Salatiel Araújo.





Fonte: TVCA

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