Professores da UnB entram em greve um dia após o início das aulas
O objetivo da greve é assegurar o pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP), cujo corte foi determinado pelo Ministério do Planejamento no ano passado. De acordo com a universidade, a URP representa cerca de 26,05% dos salários de professores e técnicos "que, desde o final do ano passado, convivem com incertezas sobre seus vencimentos".
Segundo o ministério, a URP não é uma gratificação, mas um índice econômico criado em 1987 para reajuste de preços e salários. Uma auditoria da secretaria de recursos humanos da pasta apontou irregularidades nessa movimentação financeira, incluindo a extensão do benefício a servidores contratados recentemente.
A UnB alega que o pagamento é garantido por medida judicial e por isso é realizado mediante rubrica específica no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape).
Em nota entregue ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o reitor da UnB, José Geraldo, diz que a decisão do ministério contraria liminar concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a favor da instituição e "gera instabilidade na comunidade acadêmica".
De acordo com o Ministério do Planejamento, a assessoria jurídica da pasta está elaborando um parecer conclusivo sobre o pagamento da URP e as negociações com a universidade vão continuar.
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