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Sexta - 19 de Fevereiro de 2010 às 10:38
Por: Patrícia Sanches

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Uma pessoa simples, fácil de lidar, carismática e acima de tudo um exímio político, que conseguia transitar em todos os partidos e não tinha inimigos. Estes são alguns dos predicados destacados pelo governador Blairo Maggi (PR), ao lembrar do senador Jonas Pinheiro (DEM). “Ele transitava em todos os lugares, não tinha nenhum inimigo político e eu tento ser assim também. Com a morte dele, perdemos uma experiência enorme”, avalia Maggi, nesta sexta (19), data em que completa dois anos da morte do senador democrata, falecido em 2008. Uma semana antes de morrer, ele teve uma parada cardíaca e foi internado no hospital Amecor, em Cuiabá. Ele faleceu, aos 67 anos, no fina da tarde de uma terça (19).

Além de ter sido suplente de Jonas no Senado, Maggi era amigo pessoal dele. O democrata costumava, inclusive, dizer que o republicano era seu filho transgênico, numa referência ao fato de ser um dos responsáveis pelo fato de Maggi ter entrado na vida política. “Ele era uma espécie de garimpeiro de políticos, incentivava candidaturas a vereador, prefeito, deputado, senador e até governador, como foi o meu caso. Tinha um despojamento incrível e não temia perder a cadeira no Senado”, relata Maggi.

O governador conta também um fato inusitado. Horas antes de uma audiência em um ministério, em Brasília, Jonas teve que ligar avisando que não poderia ir e informou que, em seu lugar, mandaria o suplente. "No meio da conversa, o ministro perguntou o meu nome e ele disse: Brairo Maggi (sic). Como o ministro não entendeu, pediu que ele soletrasse, ao que Jonas disse: B L A I R O  M A G G I, Brairo Maggi (sic), ele sempre me chamava assim, com o sotaque especial dele".

Jonas nasceu em Santo Antônio de Leverger, formou-se em médico veterinário na UFMT, e passou a ser uma referência na política mato-grossense. Foi deputado federal por três mandatos e eleito senador duas vezes. Elegeu-se deputado federal em 1982, 1986 e 1990. Em 94, conquistou a cadeira de senador com 281.998 votos superando o outro eleito para o mesmo cargo, Carlos Bezerra (PMDB), que teve 281.885 votos. Jonas foi reeleito em 2002, com a maior votação do pleito para o Senado: 612.965 votos. Já a senadora Serys Slhessarenko (PT), eleita no mesmo ano na chapa do democrata, teve 575.539 votos.

O senador ficou conhecido em Mato Grosso como o político do campo, que defendia a agricultura com “unhas e dentes”. “Temos políticos, como o deputado federal Homero Pereira (PR) e o senador Gilberto Goellner (PR), que defendem o setor ruralista, mas a perda de Jonas para o Estado foi grande porque perdemos a experiência dele em transitar por todos os lados”, avalia Maggi.





Fonte: RD News

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