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Sábado - 13 de Fevereiro de 2010 às 15:04
Por: Romilson Dourado

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As dificuldades dos pré-candidatos majoritários em definir antes das convenções grupos e alianças, aliada a incerteza sobre quem será o próximo governador, são provas de que Mato Grosso está carente de líderes políticos. Há quatro nomes no páreo para a sucessão de Blairo Maggi: Wilson Santos (PSDB), Silval Barbosa (PMDB), Jayme Campos (DEM) e Mauro Mendes (PSB). Nenhum deles até agora caiu nas graças do eleitor, ao ponto de disparar nas pesquisas de intenção de voto e "liquidar" a eleição antes da hora, como se diz no meio político. Essa insegurança sobre quem ocupará a cadeira de Maggi deixa os chamados adesivistas sem rumo. Antes, eles tinham ideia de quem teria maior chance de êxito nas urnas e, com um ano de antecedência, já "colava" naquele pré-candidato, já se preparando para usufruir das benesses do poder.

Wilson Santos, determinado a renunciar ao mandato de prefeito de Cuiabá até 3 de abril, figura em primeiro lugar na corrida ao Palácio Paiaguás, mas a diferença sobre os demais não supera a 20 pontos percentuais, considerando o resultado das últimas pesquisas internas e também aquelas publicadas pela imprensa. Esses dados, embora um tanto cedo para o cenário que se desenha rumo a uma eleição que acontece daqui a oito meses, são sinais fortes de que, pela primeira vez, os eleitores mato-grossenses devem eleger governador em dois turnos. Júlio Campos, Carlos Bezerra, Jayme Campos, Dante de Oliveira e Blairo Maggi, por exemplo, conquistaram o Paiaguás no primeiro turno e, desde o início da pré-campanha, a maioria dos eleitores já apresentava sinais claros sobre essa tendência.

O empresário Mauro Mendes entrou no páreo e muitos entendem que o seu perfil mais técnico pode consolidá-lo como fato novo no processo eleitoral. Por outro lado, surge com o poder da máquina o vice-governador Silval Barbosa, que assume o Paiaguás no próximo mês. O peemedebista terá Maggi como cabo eleitoral e parceiro numa composição majoritária, já que o governador concorrerá ao Senado. O ex-governador e senador Jayme Campos e outro que se mostra empolgado com a pré-candidatura, apesar de manter pré-acordo com Wilson para um dos dois recuar em apoio ao outro.

As negociações políticas estão tão travadas que os majoritários não conseguem avançar nas alianças. Todos conversam com todos. Alguns buscam intervenção da cúpula nacional para forçar partidos e seus líderes regionais a mudarem de rumo. Petistas, por exemplo, estão fechados com Silval, mas há correntes internas se movimentando nacionalmente para levar a legenda para o palanque de Mendes. O mesmo ocorre com o PPS, que incentiva a pré-candidatura de Mendes, mas existe tendência de se juntar ao tucanato em adesão ao nome de Wilson Santos.





Fonte: RD News

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