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Meio Ambiente
Sexta - 05 de Fevereiro de 2010 às 10:41
Por: Romilson Dourado

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Os dois principais líderes do PT e detentores de mandatos eletivos, senadora Serys Marly e deputado federal Carlos Abicalil, estão dispostos a se enfrentar nas prévias pela definição do nome à disputa ao Senado. Numa reunião tensa em Brasília nesta quinta ambos não chegaram a um entendimento. Serys foi dura com o colega parlamentar. Disse que o desautorizava a propagar que ela seria candidata à deputada federal e que, se não concorrer à reeleição, ficará de fora do pleito. Abicalil, por sua vez, avisou que não abre mão da senatória. O clima de racha interno pode desviar até o rumo que o partido tomará quanto ao arco de alianças. Hoje, os petistas estão praticamente fechados por apoio ao peemedebista Silval Barbosa, que assume o Palácio Paiaguás no próximo mês e concorrerá à reeleição, tendo no palanque o PR do governador Blairo Maggi, que buscará o Senado. Apesar disso, um grupo do PT já sinaliza, inclusive em âmbito nacional, para aliança com o PSB do pré-candidato ao Paiaguás, empresário Mauro Mendes.

Os conflitos entre Serys e Abicalil, que disputaram, sem êxito, o governo estadual, são antigos. Ambos vêm se revezando na direção regional do PT. Hoje quem conduz a legenda no Estado é Abicalil. Nesta quinta, ele procurou Serys no gabinete dela para tratar da proposta de CPI para investigar as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e para convidá-la a estar presente em sua posse na presidência estadual do partido, pela segunda vez consecutiva, neste sábado, em Cuiabá.

A pauta não parou por aí. Serys aproveitou para dizer que a tendência Unidade na Luta, que congrega militantes e líderes como Abicalil e os deputados estaduais Ságuas Moraes e Alexandre Cesar, estão difundindo junto às bases que ela já teria "jogado a toalha" quanto ao projeto de reeleição e que iria concorrer à Câmara Federal. Em seguida, disparou: "quero pedir que você proíba o seu pessoal de ficar fomentando algo que não é verdadeiro. Eu vou, sim, disputar o Senado. Se não me viabilizar, aí estarei fora. Não tenho nenhuma outra pretensão que não seja a reeleição". Abicalil reagiu com a mesma contundência. Disse que se sente preparado e que sua prioridade é também concorrer ao Senado. Foi a primeira vez que o parlamentar assumiu essa pretensão.

Embora a disputa neste ano seja por duas das três cadeiras no Congresso Nacional reservadas à representação mato-grossense, o PT precisa optar por uma candidatura. Como Serys e Abicalil se mostram prontos para o embate, a tendência é da decisão sair com as prévias. Nesse caso, não só os delegados, cuja maioria pertence ao grupo de Abicalil, têm direito a voto, mas todos os filiados do Estado, o que deixa Serys mais animada. Hoje, na queda-de-braço, Abicalil leva vantagem. Ele não só tem apoio da maioria dos militantes petistas, como pontua melhor nas pesquisas de intenção de voto.

Há uma tendência de um dos grupos, para radicalizar e tumultuar o processo, defender que o PT feche composição com o PSB. Essa discussão já chegou à cúpula nacional, embora a presidenciável petista Dilma Rousseff esteja bem afinada com o governador Maggi e com o pré-candidato da situação Silval Barbosa.





Fonte: RD News

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