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Quarta - 03 de Fevereiro de 2010 às 09:41
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski
Deputado Percival Muniz, presidente do PPS, que, por imposição nacional, não deve apoiar Mauro Mendes (PSB)
Deputado Percival Muniz, presidente do PPS, que, por imposição nacional, não deve apoiar Mauro Mendes (PSB)

Percival Muniz, presidente regional do PPS, acabou empurrando o empresário Mauro Mendes para um caminho praticamente sem volta. No papel de articulador político e de conselheiro, o deputado foi o maior incentivador da tese do presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt) mudar de legenda para se tornar um candidato a governador sustentado pela tal terceira via. Mendes assim o fez. Sem dar muitas explicações aos aliados mais próximos, ele deixou o PR do amigo e governador Blairo Maggi e foi para o PSB. De cara, trombou com o deputado federal e dirigente da legenda socialista no Estado Valtenir Pereira. Agora, para piorar, nem o PPS deve apoiar Mendes ao Palácio Paiaguás.

O recado veio do presidente Roberto Freire (PE). Ele destaca que, embora não esteja mais valendo a regra da verticalização das alianças, o PPS deve fechar composição com o tucanato nos Estados, a exemplo do que ocorrerá em nível nacional. Na prática, significa que os socialistas, mesmo sob contrariedade de Percival, caminham para o palanque do prefeito de Cuiabá Wilson Santos, pré-candidato do PSDB à sucessão de Maggi. Com isso, Mauro Mendes perde um dos mais importantes partidos do grupo dos nove, composto pelo PSB, PDT, PV, PC do B, PRTB, PSC, PMN e PRB.

Mesmo que o nome de Mendes, derrotado no segundo turno à Prefeitura de Cuiabá em 2008, seja considerado um fato novo e uma candidatura de alguém com visão moderna e empreendedora, os demais grupos conspiram pelo recuo do empresário. Usam como principal argumento o fato de ficar isolado. Até mesmo o PDT, presidido pelo deputado Otaviano Pivetta, que também incentivou Mendes a se lançar à disputa eleitoral, sinaliza para apoio ao peemedebista Silval Barbosa, que assume o governo em 31 de março com a disposição de buscar a reeleição. Por enquanto, Mendes se mantém no páreo e até lidera caravana em pré-campanha pelos municípios.

Sua candidatura tiraria votos de todos os possíveis concorrentes, como Wilson, Silval e até mesmo do senador Jayme Campos, que faz questão de dizer que vai disputar o Paiaguás, mesmo tendo acordo com o tucanato para definir como cabeça-de-chapa o nome entre os dois partidos (DEM e PSDB) que melhor pontuar nas pesquisas de intenção de voto. Os partidos e seus líderes têm até junho para definir oficialmente candidaturas majoritárias e proporcionais. Até lá, continuam mergulhados nas articulações políticas.





Fonte: RD News

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