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Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 01:54
Por: Flávia Borges

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Prefeito Adair José (PMDB)
Prefeito Adair José (PMDB)

O prefeito de Alto Paraguai ( a 200 km de Cuiabá), Adair José Alves Moreira (PMDB), deve ser afastado do cargo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na sessão desta terça (26). O peemedebista se mantém na prefeitura por força de uma liminar concedida pelo juiz-membro do Pleno Eduardo Jacob. Adair teve o mandato cassado em primeira instância pela juíza da 7ª Zona Eleitoral de Diamantino, Helícia Vitti Lourenço, em julho do ano passado, por irregularidades na prestação de contas da campanha eleitoral de 2008. Fontes ligadas ao TRE garantem que a tendência é que Eduardo Jacob, que é relator do recurso interposto pelo peemedebista, vote por seu afastamento. Caberá então ao Pleno do TRE decidir o futuro político de Adair.

Ele e a vice, Tânia Regina Siqueira, foram condenados ainda à inelegibilidade por três anos. De acordo com denúncias sustentadas no processo, há falhas na prestação de contas. Adair declarou repasse ao comitê eleitoral de R$ 43,6 mil, quando, na verdade, seriam R$ 44,1 mil. Já a arrecadação declarada pelo partido foi de R$ 40,4 mil. Essa confusão numérica levou à cassação dos dois registros. O peemedebista alega "lapso" e diz que houve algum erro na entrega das notas. Ele garante ainda que o repasse aconteceu de forma legal e que efetuou o registro de diversos veículos no mesmo recibo por indisponibilidade de recibos eleitorais.

Se o prefeito deixar o cargo, a segunda colocada nas urnas, Diane Alves (PR), ligada ao governador Blairo Maggi (PR) e ao deputado José Riva (PP), assume novamente a Prefeitura de Alto Paraguai. A republicana já comandou o município entre os meses de julho e setembro do ano passado, período em que Adair permaneceu afastado do cargo. Diana é esposa do ex-prefeito Alcenor Alves de Sousa, que comandou a prefeitura por 2 anos, em substituição a Umbelino Campos, o Bilú. Ele não pôde tentar a reeleição porque foi julgado inelegível, já que não conseguiu comprovar a aplicação dos R$ 50 mil repassados ao município pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação, em dezembro de 2001, com vistas à aquisição de veículo automotor de transporte coletivo.

Após permanecer no cargo por apenas dois meses, Diana foi denunciada por um grupo de vereadores, alguns inclusive do mesmo partido que ela, por diversas irregularidades. Os parlamentares reclamaram que a republicana teria recolhido R$ 38,9 mil dos servidores nas folhas de pagamento de julho e agosto, mas não teria repassado o montante à Caixa Econômica Federal. Ela teria dispensado ainda licitação para compra de combustíveis e de outros produtos. O clima no município é tenso. Correligionários dos dois grupos travam uma verdadeira guerra. Adair foi eleito com 1.645 votos, enquanto Diana obteve 1.354.





Fonte: RD News

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