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Politica MT
Segunda - 25 de Janeiro de 2010 às 13:52
Por: Patrícia Sanches

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O deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) volta a ameaçar abrir uma CPI na Assembleia para investigar a gestão Márcia Vandoni, presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager-MT). Garante ter 12 assinaturas, suficientes para instaurar o processo investigatório e posterga decisão para o próximo mês, quando o Legislativo retoma aos trabalhos. Antes, o democrata quer conversar sobre o assunto com o governador Blairo Maggi. Enquanto Dal Bosco ataca a postura de Márcia à frente da Ager, principalmente quanto às exigências de novas concessões para o transporte intermunicipal e implantação de aglomerado urbano, é acusado de agir em defesa de um grupo empresarial que explora linhas de ônibus. O parlamentar nega interesse pessoal no processo.

"Eu só não apresentei o requerimento (pela CPI) ainda em respeito ao governador Maggi. Pedi uma audiência com ele e depois decidirei”, afirma o deputado. Na sua avaliação, o fato da Ager ter contratado por R$ 1,7 milhão a Oscip Brasil Essencial, de propriedade de Argon Noberto Filho, para fazer adequações, principalmente no regimento interno da Agência, apenas reforça a tese de que a gestão precisa ser investigada. A Ager existe há 20 anos. Hoje tem 35 servidores efetivos e 13 comissionados. A Oscip terá a missão de reestruturar seu funcionamento, mas a contratação causou polêmica porque muitos afirmam ser um jogo de cartas marcadas. A Oscip é ligada aos irmãos Jayme e Júlio Campos e também ao ex-senador Osvaldo Sobrinho.

Dilceu reclama também do fato de Márcia Vandoni querer licitar todas as linhas intermunicipais implantadas no Estado. “Grande parte das linhas podem ter os contratos renovados e serem licitadas cerca de 200 linhas”, argumenta o parlamentar, que desde o ano passado entrou em rota de colisão com a presidente da Ager. Costuma subir à tribuna para atacar Márcia. Argumenta que se as linhas forem divididas em oito mercados para serem licitados, as empresas que atuam no ramo há anos serão prejudicadas. Já a presidente da Ager diz ter “carta branca” do governador e que cumpre um Termo de Ajustamento de Conduta assinado junto ao Ministério Público.

Além disso, muitos contratos foram feitos na década de 1970, antes mesmo da Lei de Licitações e da Constituição Federal (1988). “Essas empresas vão passar sufoco. O transporte que temos hoje é de boa qualidade e nos lugares que não é de muita qualidade a culpa é da Ager”, dispara Dal Bosco. Segundo ele, a agência não fiscaliza a atuação irregular daquelas que tiram o faturamento das empresas oficiais e, por isso, elas perdem o potencial de investimento. O parlamentar reclama também do fato da Ager apresentar despesas de R$ 1,5 milhão em consultoria para dividir o Estado em oito mercados. “É brincar com o dinheiro público. Agora gastam R$ 1,7 milhão com Oscip, isso tem que ser averiguado”, dispara Dilceu Dal Bosco.





Fonte: RD News

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