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Sábado - 23 de Janeiro de 2010 às 12:59

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, foi citado no relatório final da Polícia Federal elaborado durante a Operação Castelo de Areia, que investiga esquema de corrupção. É o que informa nota na coluna Painel do jornal Folha de São Paulo, deste sábado (23 de janeiro).

Em documento apreendido na sala de um executivo da empreiteira Camargo Correa aparece o nome de Pagot com o termo compromisso grifado, estipulando o valor de R$ 500 mil. O documento trata da negociação de um aditivo de R$ 155 milhões para as obras da eclusa do Tucuruí (PA), tocada pela empreiteira.

O relatório da PF também aponta indícios de interferência de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, para liberar obras da eclusa. O nome dele também aparece em manuscritos apreendidos na empreiteira. Os documentos apreendidos citam também o PP, partido ao qual Nardes era filiado quando deputado federal.

A Operação Castelo de Areia combate crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.

Outro lado

A reportagem tentou entrar em contato com Luiz Antonio Pagot, mas todos os seus telefones encontram-se desligados ou fora da área de cobertura. A assessoria de imprensa de Pagot que fica em Brasília informou que ele se encontra em viagem ao Rio de Janeiro e que também estão tentando contato.

Ainda segundo a assessoria, toda a investigação da Policia Federal sobre as negociações do DNIT com a empreiteira Camargo Correa são da década de 90, antes de Pagot assumir o órgão. Para a assessoria, o nome de Pagot estaria sendo citado porque ele é que tem que passar os documentos requisitados pela policia.

Sobre os documentos apreendidos na sala de um executivo da empreiteira que trazem o nome de Pagot e grifado a palavra ``compromisso``, estipulando o valor de RS 500 mil, a assessoria de imprensa de Pagot alegou que ``qualquer pessoa pode fazer uma planilha e escrever nela o que quiser em qualquer escritório``.

Com informações do jornal Folha de São Paulo






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