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Quinta - 21 de Janeiro de 2010 às 10:32
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski
Prestes a virar prefeito, Chico Galindo (PTB) ouve as estratégias de Antero, assim como o prefeito Wilson Santos
Prestes a virar prefeito, Chico Galindo (PTB) ouve as estratégias de Antero, assim como o prefeito Wilson Santos

O ex-senador, advogado, jornalista e apresentador de TV Antero Paes de Barros está aproveitando esta fase de transição na Prefeitura de Cuiabá para, na condição de consultor e marqueteiro do prefeito Wilson Santos, ditar as regras. Se tornou uma das pessoas mais procuradas no Palácio Alencastro. Antero não está lotado em cargo, mas ganha por consultoria. Em duas frentes, ele monta estratégia de marketing, orienta discurso e conspiração em ações que não separam os dois momentos em que vive o colega tucano Wilson Santos, a de prefeito e de pré-candidato a governador. Enquanto o vice e secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão Chico Galindo (PTB) prefere ouvir e cumprir as orientações para não se indispor com o tucanato, afinal faltam menos de três meses para assumir o comando da Capital, Antero age como "prefeito de fato".

É dele, por exemplo, a ideia de convidar o ex-prefeito de Nossa Senhora do Livramento Carlos Roberto da Costa, o Nezinho (PP), para presidir a Companhia de Saneamento. Tudo estava acertado pelo prefeito para Frederico Muller, ex-presidente da extinta Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), assumir a Sanecap, mas Antero interveio e, com suas ações maquiavélicas, sugeriu que o nome escolhido fosse de Nezinho para, assim, tentar atrair para o palanque do tucanato nas eleições gerais deste ano o PP, que possui, entre os principais líderes, os presidentes da Assembleia José Riva, da Câmara de Cuiabá Deucimar Silva e ainda o secretário-executivo do Ministério das Cidades Rodrigo Figueiredo. Além disso, deixaria numa saia-justa os deputados federais Pedro Henry e Eliene Lima, que hoje não aceitam o partido apoiar Wilson para governador.

Nezinho é muito ligado a Figueiredo, principal braço de Márcio Fortes, ministro das Cidades, a quem cabe dar aval para, por exemplo, liberar recursos para as empacadas obras do PAC. Numa reunião do secretariado há cerca de 20 dias, em Chapada dos Guimarães, o prefeito reclamou de Figueiredo, que é mato-grossense de Cuiabá e atua em Brasília há vários anos. Disse que Figueiredo deveria receber um troféu de "inimigo número 1 de Cuiabá" porque estava dificultando a liberação de recursos do PAC. Essas declarações provocaram distanciamento entre o secretário-executivo e o prefeito. Agora, com as ações de Antero, a busca é para atrair líderes do PP para reforçar o projeto do tucanato que sonha com a reconquista do Palácio Paiaguás.





Fonte: RD News

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