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Saúde
Sexta - 15 de Janeiro de 2010 às 13:02

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O câncer de pele é o câncer de maior incidência no Brasil, segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Seus números vêm crescendo assustadoramente no Brasil e no mundo. O seu tipo mais grave, o melanoma, mata milhares de pessoas por ano. Trata-se do tipo de câncer mais comum no homem e é o terceiro na mulher.

E, atualmente, um falso mito sobre a doença vem sendo derrubado. Segundo a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel, embora com uma incidência muito menor, ao contrário do que muitos imaginam, o câncer de pele também se manifesta em pessoas da raça negra, que costumam apresentar com maior frequência do que os brancos um tipo mais agressivo de câncer, chamado melanoma acral, que acomete as extremidades do corpo como mãos e pés.

Esse tipo de câncer é pouco frequente entre os melanomas (de 2% a 8% dos casos de câncer de pele), porém, é mais comum entre as pessoas de pele negra. Este dado surgiu de uma pesquisa - recentemente publicada pela Revista Archives of Dermatology - desenvolvida pelo Programa Nacional do Câncer nos Estados Unidos e que acompanhou mais de 1,4 mil pacientes com melanoma acral tratados em 17 centros de oncologia daquele país, no período entre os anos de 1986 e 2005. Os especialistas participantes do estudo avaliaram a incidência da doença e a taxa de sobrevida dos pacientes.

Os resultados da pesquisa indicaram que a proporção de melanoma acrolentiginoso, em relação aos demais subtipos de melanomas, foi maior entre os negros – 36% dos pesquisados apresentavam o problema.

As taxas de sobrevida média nos casos de melanoma de extremidades, em cinco e 10 anos, foram de 80,3% e 67,5% respectivamente. Nos negros, a taxa de sobrevivência em cinco e 10 anos foi menor (77,2% e 51,5%) que nos indivíduos caucasianos ou brancos hispânicos. Os hispânicos (72,8% e 57,3%) e asiáticos (70, 2% e 54,1%) também evoluem pior e teriam piores taxas de cinco e 10 anos em relação aos caucasianos.

De acordo com o trabalho, os negros representam 10% dos casos de melanoma, com a localização mais comum sendo nas extremidades das mãos, região plantar e sob as unhas. Os primeiros sinais surgem com manchas de cor castanho-enegrecida e bordas irregulares. E o período de evolução é de aproximadamente dois anos e meio, quando surgem elevações e nódulos.

O maior problema nos melanomas, de acordo com a médica Daniela Schmidt Pimentel, é a falta do diagnóstico precoce, uma vez que nem sempre o tratamento radio, quimio ou imunoterápico são efetivos. O diagnóstico precoce por meio da dermatoscopia e o mapeamento corporal das lesões pigmentadas, além da cirurgia feita de modo correto e precoce ainda são as melhores armas contra a doença. 





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