Menina de 7 anos pode ser 49ª vítima falta da dengue em MT

Uma menina de 7 anos de idade, moradora de Barra do Garças, morreu com suspeita de dengue hemorrágica no domingo, em um hospital de Goiás. Com a vítima, sobe para 53 o número de notificações este ano por mortes causadas pela doença em Mato Grosso, com 48 óbitos confirmados por exame laboratorial.

A criança Lívia Vitória Martins de Andrade manifestou os primeiros sintomas da dengue quarta-feira passada. “Ela teve febre, levamos para o pronto-socorro de Barra e, na sexta-feira, minha filha recebeu alta”, conta o motorista Welton Martins da Costa, 27 anos.

Apesar de Lívia ter apresentado melhora e ter ido para casa com a dispensa médica, à noite, a doença teria se agravado. “Começou a vomitar muito e a febre voltou. No hospital foi diagnosticada a dengue, ela estava com líquido no pulmão e, então a levamos para o Hospital Materno-infantil de Goiás na noite de sábado”.

Ao chegar na unidade hospitalar do estado vizinho, Lívia passou por um procedimento de drenagem do líquido. “Lá em Goiás ela começou a vomitar sangue pela primeira vez. Não sei o que aconteceu, mas ela foi transferida para o Hospital de Doenças Tropicais, sem que o local fosse comunicado”, diz o pai da criança.

Quando chegou com a filha a outra unidade hospitalar de Goiás, Welton teve que ficar com a menina nos braços por 15 minutos, segurando todos os aparelhos de drenagem, devido à falta de vagas na UTI. “Minha filha estava sentindo muita dor e quase morrendo nos meus braços. Implorei para uma médica conseguir uma UTI, para salvar minha única filha, e só então levaram a Lívia para uma maca”.

A menina teria sido encaminhada para um leito de UTI e recebido sedativos. “As mães que estavam dentro da UTI contaram que a Lívia estava falando normalmente, lúcida, quando chegou. Ela entrou na UTI e 10 minutos depois morreu”. O pai suspeita que a dengue hemorrágica se agravou por algum erro médico na dosagem da medicação, que para ele, pode ter acelerado a evolução da doença.