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Saúde
Domingo - 16 de Agosto de 2009 às 18:29

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Contas a pagar, acúmulo de tarefas, medo de perder emprego... Difícil fugir dos problemas do cotidiano. E o resultado de todas essas tensões que se acumulam é o estresse, que se manifesta das mais variadas formas: falta de memória, insônia, dificuldade de concentração, taquicardia, diminuição da libido, dores musculares, feridas ou manchas na pele.

A neuropsicóloga Andrea Bandeira, do Grupo Sanare (Centro Neuropsicossoma da Barra), destaca que estresse não é doença, por ser a resposta natural do organismo às tensões. Mas favorece o desenvolvimento delas quando é crônico, pois reduz a resistência do corpo, deixando-o vulnerável.

"As consequências do estresse estão associadas a várias modificações metabólicas: doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, doenças auto-imunes, transtorno de pânico", enumera Andrea. "Mas muita gente nem sabe que sofre de estresse. A maioria só se dá conta de que há algo errado quando fica doente", diz.

A administradora Cláudia Marcondes, 39 anos, sabe bem o que é o problema. "Minha vida profissional era muito intensa. Passei a ter insônia e fobia social. Com terapias, como meditação, melhorei da ansiedade. Hoje consigo me organizar mentalmente e me sinto melhor". A empresária Andrea Saad, 38, sentiu os efeitos do estresse na pele. "O excesso de preocupações fazia com que feridas surgissem no meu corpo. Ia a dermatologistas e só conseguia tratá-las, não curar. Com a terapia venho conseguindo ser mais tranquila. E hoje raramente as feridas aparecem".

Para o psiquiatra Ervin Cotrik, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, deve-se identificar o quanto antes razões que levam o indivíduo a situações de estresse e tentar modificá-las. "Surgindo os sintomas que configuram o quadro, o mais indicado é buscar ajuda de um especialista", destaca. O tratamento varia de acordo com cada caso, podendo ser medicamentoso e/ou terapêutico.

"Tranquilizantes, antidepressivos, ansiolíticos, moderadores de humor e readaptações de rotina podem ser utilizados", cita a psicóloga Fátima Bittencourt. Relaxamento, meditação, ioga e acupuntura são algumas terapias que equilibram emoções. Exercícios físicos também são indicados.

Check-up identifica problema

"Calma, sem estresse!". Foi de tanto ouvir essa frase de amigos que o empresário Edson Márcio Schutiz, 44, ligou o "botão de alerta". "Eu vivia irritado, com taquicardia e falta de concentração", conta. O diagnóstico foi confirmado com o check- up do estresse. "A avaliação apontou estresse em nível alto. Não tomei medicamentos, mas fiz psicoterapia. Aprendi a gerenciar mais minha vida e hoje sinto que saí do automático", afirma.

No Grupo Sanare, que faz o check-up, a avaliação consiste em detectar o nível e o tipo do estresse. "São analisados o histórico clínico, emocional e familiar. Depois é indicado o tratamento adequado", explica a psicóloga Fátima Bittencourt.

Dicas para amenizar o problema

- Conheça seus limites: estabeleça metas que possa alcançar.

- Adote uma dieta saudável, coma devagar e exercite-se.

- Tenha tempo para se divertir com os amigos e a família.

- Faça pausas no trabalho para exercícios de relaxamento.

- Não dê muito valor a problemas pequenos. Procure alguém para conversar e desabafar.

- Faça atividades ocupacionais que lhe proporcionem prazer.

- Pense sempre positivo.

- Evite consumir em excesso açúcares, gordura e bebidas com cafeína e energéticos.

- Medite diariamente (5 min)





Fonte: EFE

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