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Economia
Quinta - 06 de Agosto de 2009 às 08:10
Por: Eduardo Cucolo

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Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em julho pelo terceiro mês consecutivo. Segundo dados do Banco Central, a poupança fechou o mês passado com uma captação positiva de R$ 6,67 bilhões. Esse é o melhor resultado para meses de julho de toda a série histórica do BC.

Considerando todos os meses do ano, é a maior captação desde o resultado positivo de R$ 9 bilhões registrado em dezembro de 2007 --valor influenciado pelo pagamento do 13º salário.

A captação positiva de julho representa a diferença entre depósitos de R$ 89,93 bilhões e saques de R$ 83,26 bilhões realizados nos 23 dias úteis do mês passado.

Com o resultado positivo do mês passado, a poupança registra, pela primeira vez em 2009, crescimento da captação acumulada no ano na comparação com o mesmo período de 2008.

Nos sete primeiros meses do ano, os depósitos superam os saques em R$ 9,1 bilhões. No mesmo período do ano passado, a captação estava positiva em R$ 6,7 bilhões. O número ainda está abaixo, no entanto, dos R$ 12,3 bilhões verificados no período de janeiro a julho de 2007.

Recuperação

A poupança começou o ano registrando saída de recursos. Até abril, o resultado acumulado estava negativo em R$ 1,5 bilhão. A partir de maio, no entanto, a caderneta entrou em um processo de recuperação. Naquele mês, o resultado ficou positivo em R$ 1,88 bilhão. Em junho, foram mais R$ 2,09 bilhões.

Em 2009, os saques superaram os depósitos em três meses (janeiro, março e abril). Nos outros quatro, houve mais dinheiro entrando do que saindo.

No final do ano passado, o total de recursos depositados na poupança era de R$ 270,5 bilhões. No final de julho deste ano, chegou a R$ 290,3 bilhões. Essa diferença se deve não só à captação positiva do período, mas também à rentabilidade do dinheiro que já está aplicado, o que gerou mais de R$ 10 bilhões.

Migração

A retomada dos investimentos na caderneta de poupança acompanha a recuperação do emprego e da economia brasileira nos últimos meses. Pesa também a queda na taxa básica de juros, que diminuiu a rentabilidade de vários fundos de investimento. Nesse caso, a poupança leva vantagem por não ter, por exemplo, a cobrança de Imposto de Renda e taxa de administração.

Em maio, o governo chegou a anunciar que iria cobrar Imposto de Renda das aplicações na poupança acima de R$ 10 mil a partir de 2010, para evitar uma fuga de grandes investidores para esse tipo de investimento. A medida ainda não foi enviada ao Congresso e também não afetou as aplicações na caderneta.

Também está em estudo a redução de IR para os fundos de investimento ainda neste ano, o que também não saiu ainda do papel.





Fonte: Folha Online

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