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Politica Brasil
Quarta - 08 de Julho de 2009 às 10:31
Por: Patrícia Sanches

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Protagonista de histórias recheadas de emoção e dignas de roteiro de novela mexicana ou filmes de Hollywood, o vereador Ralf Leite (PRTB) se tornou o “astro” da Câmara de Cuiabá. O problema é que o papel do rapaz está longe de ser o de “mocinho” da história. Em apenas seis meses, o vereador de primeiro mandato conseguiu se envolver em grandes confusões e é figura conhecida nos cadernos policiais dos veículos de comunicação.

As confusões em que o vereador se envolve tomaram tamanha proporção que nem mesmo as denúncias contra os ex-presidentes da Câmara Chica Nunes (PSDB) e Lutero Ponce (PMDB), acusados de provocar rombos de R$ 6 milhões e R$ 7,5 milhões, respectivamente, não conseguem ofuscar o brilho das presepadas em que Ralf se envolve.

A última “lambança” do parlamentar ocorreu neste final de semana, quando Ralf teria espancado a sua namorada Cristina Gentil, de 19 anos. A garota chegou ao Cisc Verdão com o vestido rasgado e sujo de sangue. A jovem alega que Ralf a golpeou com vários socos depois que ela recebeu uma ligação. Irado, o parlamentar teria pego a cabeça de Cristina e batido várias vezes contra a parece, fazendo com que ela desmaiasse. Logo após o episódio, o peerretebista disse que a garota estava exagerando. Segundo ele, o que houve foi apenas uma discussão.

Inconformada, a jovem se dispôs a conceder entrevistas e a ser fotografada. As marcas das agressões físicas eram visíveis no rosto da moça e, por isso, o parlamentar mudou de tática. Dizendo que o rosto dele também estava arranhado e que Cristina não era mais sua namorada. Na versão de Ralf, a jovem teve um acesso de ciúmes e “armou” a situação para denegrir a sua imagem de homem público. "Agora é fácil ir na polícia fazer um boletim de ocorrência e denegrir a imagem de uma pessoa pública", acusou.

Na verdade, Ralf, teme perder o mandato já nesta quinta (9), data em que o relatório final da Comissão de Ética, que o investiga por quebra de decoro parlamentar será votado. A investigação é proveniente do primeiro episódio escandaloso em que o parlamentar se meteu, ainda nos primeiros dias de mandato. Em seis de fevereiro, Ralf foi detido na região do Posto Zero, em Várzea Grande, enquanto praticava ato libidinoso com um travesti menor de idade. Na oportunidade, o parlamentar teria utilizado da prerrogativa de ser vereador para intimidar os policiais que o detiveram.

Diferentemente do primeiro capítulo da novela "Ralf Leite", quando muitos vereadores preferiram ficar em "cima do muro", sob justificativa de que todos têm o direito de errar, nesta terça (7) o que se viu foi uma verdadeira reviravolta. Os parlamentares não só repudiaram a suposta agressão que o parlamentar teria cometido contra a sua ex-namorada, como alguns chegaram a "esbravejar" que querem a sua cassação. Acuado, o Ralf usou o grande expediente da sessão ordinária para se defender das acusações e pedir que os colegas esperem o julgamento da Justiça comum para que votem qualquer pedido de cassação. O problema é que em meio ao discurso, o perretebista se contradisse. Ao mesmo tempo em que garantiu a não agressão a Cristina, Ralf disse que, se estivesse no lugar dela, também procuraria a polícia.

Histórico

Criminalmente, Ralf é investigado por desacato à autoridade, ameaça, falsidade ideológica e exploração sexual. Todas as acusações são provenientes do inquérito aberto, logo após o episódio do Posto Zero. A expectativa é que o Ministério Público ofereça denúncia contra o parlamentar em um curto espaço de tempo. A delegada Mara Rúbia, que comanda as investigações contra o vereador, finalizou o inquérito e teria encontrado elementos suficientes para pedir a instauração de um processo contra Ralf. Agora, se ficar comprovado que o peerretebista agrediu a namorada, ele será enquadrado na Lei Maria da Penha, e corre, inclusive, o risco ir para a cadeia.

Paralelo a tudo isso, o “garoto problema” é acusado de forjar uma denúncia contra o vereador Domingos Sávio (PMDB), relator do processo disciplinar na Câmara. Ralf teria pago a manicure Maria Aparecida para acusar Sávio de ter exposto sua vida a risco no rio Manso. Já na esfera eleitoral, o peerretebista é investigado em dois processos. Pesa contra ele acusação de compra de votos, por meio de camisetas e cartões telefônicos à presidiários.





Fonte: RD News

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