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Educação/Vestibular
Terça - 19 de Maio de 2009 às 22:03
Por: Roseli Riechelmann

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Mato Grosso sai na frente e implanta o Projovem Campo Saberes da Terra em 23 municípios, sendo 42% das vagas destinadas aos Territórios da Cidadania. O Programa criado pelo Ministério da Educação recebeu adesão da Secretaria de Estado de Educação e já começa ser desenvolvido em algumas escolas estaduais desde o último dia 24 de abril. O objetivo é atender jovens agricultores familiares com idade entre 18 a 29 anos, residentes no campo, que saibam ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental.

Para desenvolver o Projovem Campo/Saberes da Terra durante os próximos dois anos, o governo federal e Seduc vão investir R$ 5 milhões. O recurso será utilizado na contratação dos professores que vão trabalhar as quatro áreas de conhecimento (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas; Ciências da Natureza e Matemáticas; e Ciências Agrárias).

Também haverá auxílio deslocamento de educadores para as atividades de formação realizadas pelo Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET-MT), aquisição de material necessário à qualificação social e profissional; acompanhamento técnico-pedagógico dos educandos no tempo-comunidade e certificação dos educandos.

O currículo do Projovem Campo Saberes da Terra é o grande diferencial do programa. Nascido a partir de experiência piloto, da qual Mato Grosso não fez parte, mas é precursor na implantação, o programa traz para a sala de aula as reais necessidades dos estudantes agricultores/as familiares. “A gestão da Seduc está provendo as condições de operacionalização e Mato Grosso saiu na frente”, destaca o coordenador do Projovem Campo na Seduc, Rui Leonardo Souza Silveira.

Segundo Rui Silveira, o currículo integrado promove um diálogo entre as áreas de conhecimento e os saberes populares. “Desenvolvemos a pedagogia da alternância, trabalhando um tempo na escola e um tempo na comunidade”. Essa prática prioriza o trabalho e a pesquisa como princípios educativos e respeita a realidade e necessidades dos estudantes.

A carga horária total de formação é de 2.400 horas, sendo 1800 no tempo-escola e 600 no tempo-comunidade, podendo se organizar em tempo integral. As aulas ocorrerão em quatro horas semanais e nos fins de semana, com turmas de 30 a 35 alunos. A proposta estadual é atingir 1.100 alunos em todo o Estado. O tempo escola e o tempo comunidade são espaços formativos privilegiados de articulação entre o estudo, a pesquisa e propostas de intervenção social, garantindo nova organização da agricultura familiar no estado.

A Seduc desenvolve o Programa nos municípios de Paranatinga, Matupá, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita do Norte, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Nova Canaã do Norte, Paranaíta, Alta Floresta, Colider, Cláudia, Castanheira, Poconé, Cáceres, Diamantino, Confresa, Juruena, Nossa Senhora Livramento, São José dos Quatro Marcos, Nobres, Tabaporã, Rosário Oeste, Várzea Grande.

Histórico - Em 2005, quando o projeto piloto foi desenvolvido em 13 Estados brasileiros, o professor Rui Silveira, ainda em Minas Gerais, foi um dos envolvidos no Programa Saberes da Terra. Conforme ele, os dois anos de curso resultaram na motivação dos estudantes com as práticas educacionais que possibilitaram a reconstrução da identidade pessoal e coletiva.





Fonte: Assessoria Seduc-MT

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