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Educação/Vestibular
Segunda - 18 de Maio de 2009 às 12:49

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Na proposta do Novo Enem estão explícitadas quatro possibilidades para opção das universidades: a aplicação do Enem como única forma de acesso; a adoção como peso na composição da nota do vestibular próprio; a adoção como primeira fase e realização de uma segunda fase pela instituição; ou utilização como critério para o preenchimento de vagas remanescentes. O prazo para a definição da modalidade a ser utilizada é até o final de maio, devido às providências necessárias à organização do processo seletivo. Até lá o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFMT deverá se reunir para a definição.

Desde 2001 a Universidade Federal de Mato Grosso adota a pontuação no Enem na composição da nota final do seu processo seletivo. Na semana passada, diante da impossibilidade de reunir o Conselho, cujo espaço foi invadido por um segmento de estudantes, duas vezes e, com base no apoio recebido da maioria dos conselheiros, foi aprovada a participação da instituição, ad referendum, no novo modelo. A forma a ser adotada não foi determinada. ´´O Consepe é o fórum apropriado para analisar essa questão``, frisa a administração superior da UFMT.

A administração acentua que ´´não permitir que o Conselho seja ouvido caracteriza-se como um ato de coerção dos trâmites democráticos e deliberativos da UFMT`` e que, ´´embora o Consepe tenha sido impedido de se reunir, se coloca à disposição das lideranças do movimento para o diálogo, como, aliás, sempre esteve``.

A proposta de adoção do Novo Enem para o ingresso nas instituições de ensino superior do País começou a ser debatida em março nas universidades e, na UFMT, o tema foi discutido em reuniões realizadas com todos os institutos e faculdades dos campi de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Médio Araguaia e em debates públicos: um organizado pelo Consepe e outro realizado pelo Sindicato dos Docentes (Adufmat), com a presença da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder. Desde o ano passado essa proposta, feita pelo MEC, vem sendo discutida no contexto de um sistema articulado de educação para o Brasil.

Antes das duas tentativas de discutir no Consepe, a proposta passou por discussões nos colegiados de cursos e congregações de institutos e faculdades, compostos pelos gestores dessas unidades, por coordenadores de cursos e por representações de docentes, técnicos e estudantes, todos eleitos em suas bases. Essas instâncias representam 88 cursos de graduação e 21 de pós-graduação da UFMT, totalizando mais de 17 mil alunos; mais de 1500 técnicos e mais de 1200 docentes.

A reunião do Consepe, do dia 11 de maio, que discutiria a adoção do Novo Enem como forma de ingresso nos cursos de graduação da UFMT foi suspensa diante da impossibilidade dos trabalhos com a ocupação da sala dos órgãos colegiados por um segmento de estudantes da UFMT e de algumas escolas privadas. A suspensão teve o apoio consensual dos Conselheiros, uma vez que os estudantes recusaram a proposta de formar uma comissão para participar da discussão. Novamente, no dia 14 de maio, o Consepe foi impedido de ser instalado no horário marcado – às 13h30 - devido à ocupação do prédio da reitoria.

A administração da UFMT reitera que, ´´em todo sistema representativo e democrático, os Conselhos são órgãos fundamentais, compostos por pessoal competente que legisla sobre matérias afins. Todas as Universidades Públicas Brasileiras têm órgãos representativos semelhantes e decidem através deles. Não permitir que o Conselho seja ouvido, caracteriza-se como um ato de coerção dos trâmites democráticos e deliberativos da UFMT``.





Fonte: 24 Horas News

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