Governo assina convênio para construção de 768 casas; municípios do Médio-Norte são beneficiados

O Governo de Mato Grosso assinou, nesta terça-feira (12.05), convênio com mais 13 municípios mato-grossenses para a construção de 768 casas pelo Programa de Subsídio Habitacional modalidade do Meu Lar. São investimentos de quase R$ 10,4 milhões da parceria Estado, Municípios e Governo Federal, por meio do banco Cobansa. A modalidade contempla famílias com renda de até um salário mínimo.

O PSH, como lembrou o governador Blairo Maggi, oferece condições para as pessoas ampliarem ou construir a casa própria, mas fora de conjuntos habitacionais. O convênio assinado nesta terça-feira conta com recursos do Governo Federal de R$ 5.376 mi, financiado por meio do Cobansa, e contrapartidas do governo estadual de R$ 3.072 mi e cerca de R$ 2 mi de cada município que aderiu ao programa.

Para Blairo Maggi, esta modalidade dá mobilidade à vida dos contemplados com a nova moradia, “é uma mudança muito grande na vida das pessoas, e não só social, mas cultural. Melhora a autoestima delas e o aspecto financeiro”, disse, lembrando da conversa que teve, na semana passada, com uma morada de Primavera do Leste beneficiada com sua residência pelo mesmo programa.

A moradora de Primavera comentou com ele que agora economizará R$ 200, pagos até então em aluguel de casa, o que aumentará a renda da família e possibilitará principalmente a compra de mais alimentos. As casas do Programa de Subsídio Habitacional são de padrão popular, com 32 metros quadrados de área construída, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

O prefeito de São José Rio Claro, Massao Watanabe, cujo município já tem cem residências em construção pelo Meu Lar, também vê os programas habitacionais por meio desta parceria como a possibilidade de melhora da qualidade de vida das pessoas, que passam a reverter o dinheiro investido em aluguéis em outro setor do orçamento. “Sem a intervenção dos governos do Estado e Federal, só a Prefeitura não teria condições de atender a demanda”, argumentou.

Segundo o deputado federal, Valtenir Pereira, o PSH é desenvolvido no país desde 2004, mas em Mato Grosso só começou no ano passado. No ano passado, o Governo Federal disponibilizou R$ 185 mi para o Programa de Subsídio Habitacional, por meio de financiamento dos bancos privados, para a construção de 3.600 residências. No Estado, conforme contou o parlamentar, pelo menos 53 dos municípios aderiram ao programa.

Na semana passada, o Governo do Estado assinou o primeiro convênio pela modalidade com prefeitos de dez cidades, com investimentos individuais de R$ 13.524,00 para a construção de 618 unidades habitacionais. Foram contemplados os municípios de Alta Araguaia (60), Alto taquari (45), Cocalinho (30), Confresa (65), Jaciara (101), Juscimeira (88), Nova Nazaré (60), Nova Xavantina (27), Pedra Preta (55), e Primavera do Leste (87).

Nesta terça-feira, assinaram o convênio os municípios de Acorizal (50), Alto Paraguai (57), Arenápolis (110), Brasnorte (40), Denise (72), Jangada (40), Nobres (65), Nova Brasilândia (50), Nova Marilândia (19), Planalto da Serra (101), Poconé (60), Rosário Oeste (48) e São José do Rio Claro (56).

O banco Cobansa atua há alguns anos no financiamento de residências e, atualmente, constrói no país 21 mil casas dentro desta modalidade, do PSH. O gerente de Negócios do banco, Carlos Alberto Rezi, falou da receptividade com que engajaram ao programa em mato Grosso, de levar à população a necessidade que ela tem. De viabilizar a oportunidade da casa própria a essas famílias”, completou.

MEU LAR

O secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marcheti, que também participou da assinatura informou que o Programa Meu Lar ainda disponibiliza vagas em algumas modalidades, como o Tô Feliz cuja parceria o município só entra com a infraestrutura. A prefeitura interessada em participar deve procurar a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) ou a Caixa Econômica Federal. Inclusive, acrescentou Marcheti, novas vagas devem surgir com o programa Minha Casa, Minha Vida.

O déficit de Mato Grosso seria hoje de em torno de 120 mil. Esta gestão do Governo do Estado já construiu, desde 2003, 40 mil moradias. Segundo o governador Blairo Maggi, devem fechar o ano com 50 mil, mas a meta é encerrar o mandato com pelo menos 80 mil famílias contempladas.

COPA 2014

Questionado ao final da solenidade sobre o fato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito, ao visitar Campo Grande (MS), que a cidade sul mato-grossense, poderia ser a capital do Pantanal escolhida para sediar a Copa do Mundo 2014, o governador foi enfático ao dizer que se o presidente viesse aqui em Cuiabá diria a mesma coisa, porque é o presidente e jamais tomaria uma decisão favorável a uma cidade em detrimento de outra.