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Nacional
Terça - 12 de Maio de 2009 às 13:25

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O deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB) já havia ultrapassado a quantidade de pontos da carteira de habilitação por causa de multas por excesso de velocidade e não deveria estar ao volante quando se envolveu em um acidente, na madrugada de quinta-feira (7), em Curitiba. Ele é o único sobrevivente da colisão com outro veículo onde estavam os jovens Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, que morreram no local.

A relação de multas sofridas pelo político chega a 30 desde 2003, mas 22 delas foram cometidas depois que Carli Filho assumiu o cargo de deputado. As infrações somam 130 pontos. No formulário do Departamento de Trânsito (Detran-PR), a carteira de Carli Filho está em situação irregular. Ele não recorreu de sete infrações e não poderia dirigir desde julho do ano passado.

Em três das multas, ele foi pego pelo radar com 50% acima da velocidade permitida, o que é considerado como infração gravíssima. Cinco delas foram registradas na avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi, mesmo local do acidente de quinta-feira, mas em datas anteriores.

A assessoria do Detran não informou o andamento dos processos envolvendo o deputado. Segundo o órgão, se o motorista não devolver a habilitação, a única chance da irregularidade ser descoberta é por meio de blitze e fiscalizações.

O deputado foi levado para o Hospital Albert Einsten, onde deve passar por uma cirurgia para reconstrução dos ossos do rosto.

O carro onde estavam as vítimas que morreram na colisão ficou completamente destruído, sem teto e sem uma das portas. O veículo do deputado também ficou destruído.

Por meio da assessoria, o também deputado estadual Plauto Miró (DEM), tio de Carli Filho, declarou que a família não irá se pronunciar sobre o assunto e vai aguardar o andamento do inquérito que investiga o caso.

O G1 entrou em contato com o gabinete do deputado em Curitiba (PR), que informou que o assessor de imprensa está em São Paulo com o deputado e "incomunicável" - o celular teria sido roubado. A reportagem deixou recado e aguarda resposta.

A pedido do advogado Elias Mattar Assad, que representa as famílias das vítimas, a Procuradoria Geral de Justiça nomeou o promotor Rodrigo Chemim para acompanhar o inquérito policial. "Várias pessoas que viram o acidente já se prontificaram a prestar depoimento. Não temos dúvidas sobre o excesso de velocidade", disse o advogado.

* (Com informações do Portal RPC e da TV Paranaense)





Fonte: Do G1, em São Paulo*

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