Pagot passa por "prova de fogo"; Senado cria CPI do Dnit

Há pouco mais de um ano no comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot tem pela frente a missão de enfrentar um dos maiores desafios de sua vida pública. Ele tentará sair ileso da CPI do Dnit, criada pelo Senado após denúncias do senador Mário Couto (PSDB-PA).

O pedido de instauração da CPI foi aprovado na sessão desta terça (24). Pagot e o superintendente regional do Dnit em Mato Grosso, Rui Egual, devem comparecer ao Senado para passar pelo crivo dos parlamentares. O senador Mário Couto alega que, de acordo com investigação feita pelo TCU, 213 obras, entre as quais figuram 23 do Dnit, apresentam irregularidades. Outras denúncias dão conta de que supostamente teria havido desvio de recursos no órgão.

Couto não se contentará em instaurar a CPI do Dnit. Ele quer ainda que haja uma investigação completa acerca de vida de Pagot, que, segundo ele, ocupou o cargo de secretário parlamentar do senador Jonas Pinheiro (já falecido), entre os anos de 1995 e 2002, e recebeu do Senado sem trabalhar.

O senador tucano já havia pedido a abertura da CPI no ano passado. À época, o presidente da Casa, Garibaldi Alves, pediu "paciência" porque haviam outras quatro CPIs em andamento no Senado. Couto considera que não há mais qualquer impedimento ou razão para que a investigação sobre supostas irregularidades no órgão não seja aberta. Ele conseguiu 37 assinaturas, cinco a mais que o exigido.