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Economia
Quarta - 18 de Fevereiro de 2009 às 09:08

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O ICE (Índice de Clima Econômico) da América Latina ficou em janeiro em 2,9 pontos, o pior resultado desde o início da série de pesquisas em janeiro de 1990, segundo a pesquisa "Sondagem Econômica da América Latina", divulgada nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas), em parceria com o instituto alemão de pesquisas Ifo.

Na comparação com a pesquisa anterior, de outubro do ano passado, houve uma "deterioração acentuada das avaliações sobre a situação atual e a relativa estabilização do grau de pessimismo sobre o semestre seguinte", diz o documento.

O ISA (Índice de Situação Atual) caiu de 4,2 pontos para 3,4, o menor desde outubro de 2002 (3,3) e o IE (Índice de Expectativas) caiu de 2,5 pontos para 2,3, nível baixo recorde.

Segundo a pesquisa, a América Latina teria entrado em fase recessiva a partir de outubro passado, um trimestre após a economia mundial. "Em janeiro de 2009, a economia da América Latina mantém-se em fase declinante, sem mostrar, ao menos nos resultados agregados para a região, perspectivas de recuperação significativa no curto prazo", diz o texto.

Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, o ICE teve redução em nove das 11 principais economias da América Latina acompanhadas pela pesquisa. Nas duas restantes houve estabilização do índice em patamar baixo em termos históricos: na Bolívia, o índice de 3 pontos é o menor desde julho de 2003 (2,5 pontos); e no México, o índice de 2,3 pontos é o menor da série.

A avaliação sobre a situação atual piorou significativamente em relação a outubro, com deteriorações mais expressivas no Brasil, Paraguai e Equador. No Brasil, o índice caiu de 7,3 para 4,7 pontos --mesmo assim, mantendo-se perto dos 5 pontos, que marcam o limite entre avaliações positivas e negativas. No Paraguai, o indocador caiu de de 6,1 para 3,4 pontos e no Equador de 3,9 para 2 pontos, menor nível desde outubro de 2000 (1 ponto).

Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, o ICE teve redução em nove das 11 principais economias da América Latina acompanhadas pela pesquisa. Nas duas restantes houve estabilização do índice em patamar baixo em termos históricos: na Bolívia, o índice de 3 pontos é o menor desde julho de 2003 (2,5 pontos); e no México, o índice de 2,3 pontos é o menor da série.

Uruguai (7,0 pontos) e Peru (6,8) tiveram as melhores avaliações sobre a situação presente, com índices desacelerando em ritmo menos intenso que o da média da região. Entre outubro e janeiro, os únicos dois países a registrar melhora nas avaliações sobre o momento atual foram México (o ISA elevou-se de 2,3 para 2,5 pontos) e Bolívia (de 3,7 para 5). Os resukltados, no entanto, "devem ser considerados com ressalvas, uma vez que as expectativas continuaram piorando, e sinalizam pessimismo em relação ao primeiro semestre de 2009", diz o texto.

Expectativas

Em relação aos próximos meses, as expectativas permanecem desfavoráveis, mostra a pesquisa. No mês passado, o IE da região refletiu "um maior grau de pessimismo que o da média mundial", diz o texto.

Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, o cenário futuro piorou de forma mais intensa no Peru e no Uruguai. "O resultado parece indicar que o ritmo de desaceleração nestes países teria sido ainda mais defasado em relação às economias desenvolvidas que a média da região". No Peru, o índice de expectativas caiu de 4,1 para 1,9 ponto; no Uruguai, de 4,5 para 1,7 ponto.

Outros países com piora acentuada de expectativas em janeiro foram a Colômbia (diminuição de 2,7 para 1 ponto) e Bolívia (de 2,3 para 1 ponto), ambos atingindo o maior grau de pessimismo possível nesta pesquisa, situação em que todos os especialistas consultados projetam piora da situação geral da economia ao final dos próximos seis meses.





Fonte: Folha Online

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