Confiança do consumidor cresce após quatro meses de queda, diz Fecomercio

Os consumidores da região metropolitana de São Paulo estão mais confiantes no país em fevereiro, segundo pesquisa da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta de 6,8% em fevereiro, em relação a janeiro e atingiu 132,9 pontos. É a primeira variação positiva após quatro meses consecutivos de queda.

Para a entidade, o humor do consumidor foi influenciado pela queda dos índices de inflação e medidas pontuais do governo federal para estimular a atividade econômica.

"A pesquisa nos mostra que, neste momento, os consumidores estão percebendo que a crise global não está atingindo o Brasil com a mesma intensidade que está alcançando outras economias. O cenário negativo do mundo ainda não contaminou os brasileiros, que estão confiantes na capacidade do país de superar esta crise", afirmou Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

Para Szjaman, fatos como o aumento da renda apontado pelo IBGE em 2008 e o reajuste recente do salário mínimo, além do nível de emprego, que no último trimestre de 2008, período em que a crise surgiu, foi melhor do que 2007, na comparação com igual período, também estão contribuindo para a percepção positiva do consumidor.

Na comparação com janeiro de 2008, houve uma queda de 9,8% no índice (147,3 pontos). O ICC varia de zero a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse patamar. É composto por dois indicadores: o Icea (Índice das Condições Econômicas Atuais), que registra como o entrevistado percebe a sua situação atual. e o IEC (Índice das Expectativas do Consumidor), que avalia a percepção em relação ao futuro.

Em fevereiro, o Icea apresentou alta de 8,7% em relação a janeiro (128,8 pontos). O IEC também apresentou elevação, de 5,6%, em relação a janeiro e atingiu 139,2 pontos.

Homens e Mulheres

Na análise segmentada, os homens estão mais otimistas em relação às mulheres (136,6 pontos contra 129,2 pontos, respectivamente).

A Fecomercio ressaltou que os consumidores com idade inferior a 35 anos estão mais confiantes e em fevereiro atingiram alta de 5,4% no ICC (135,4 pontos). Entre os paulistanos da faixa etária superior a este patamar também houve alta de 8% no ICC (130,4 pontos).