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Internacional
Sexta - 06 de Fevereiro de 2009 às 13:57

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A economia dos EUA registrou o fechamento de 598 mil postos de trabalho em janeiro, enquanto a taxa de desemprego ficou em 7,6%. Trata-se da maior perda de vagas no país desde dezembro de 1974. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho.

O número de empregos perdidos no mês passado superou as previsões dos analistas, de eliminação de cerca de 525 mil vagas.

Os dados refletem a contração da economia americana, de 3,8% no quarto trimestre, aprofundando a recessão em o país que se encontra desde dezembro de 2007.

O governo ainda divulgou revisões para os números de 2008, elevando os empregos cortados em dezembro do ano passado de 524 mil para 577 mil. No país todo, o número de pessoas desempregadas atualmente é de 11,616 milhões.

Já o número de empregos perdidos no ano passado ficou próximo de 3 milhões, contra os 2,6 milhões calculados no mês passado. Segundo o departamento, a economia americana, desde o início da atual recessão (dezembro de 2007), já perdeu 3,6 milhões de empregos.

Os cortes na indústria de bens de produção chegaram a 300 mil em janeiro, enquanto a indústria de construção perdeu 111 mil empregos. No setor de serviço os cortes foram de 279 mil, e nas empresas de varejo, 45 mil, pelo 12º mês seguido. O governo, por seu lado, criou 6.000 empregos.

Cenário

Os dados devem aumentar a pressão para que seja aprovado o pacote de estímulo à economia americana, à espera de votação no Senado. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os recursos do pacote serão usados para obras de infraestrutura e geração de cerca de três milhões de empregos, entre outras coisas. No último dia 28, a Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) aprovou o pacote, no valor de US$ 819 bilhões. Com mudanças feitas no Senado, o pacote já passa de US$ 900 bilhões.

O mercado de trabalho americano vem mostrando a cada mês dados declinantes. Ontem, o departamento informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA cresceu em 35 mil, para um total de 626 mil na semana passada, maior patamar desde 1982, quando a economia americana, como agora, se encontrava em recessão. O número de pessoas recebendo o benefício por ao menos duas semanas, por sua vez, chegou a quase 4,8 milhões de pessoas, maior nível desde 1967.

Já a consultoria Challenger, Gray & Christmas informou que o número de anúncios de cortes de empregos nos EUA teve um crescimento de 45% em janeiro, na comparação com dezembro, chegando a 241.749, o maior nível desde janeiro de 2002. As demissões no país no mês passado tiveram um crescimento de 222% sobre janeiro de 2008 --quando foram anunciadas 74.986 demissões. A expectativa dos analistas é de que a taxa de desemprego chegue a 9% nos próximos meses.

Segundo a consultoria, o setor varejista foi o mais atingido, com o fechamento da rede Circuit City --as empresas do setor anunciaram 53.968 cortes de empregos.

No último dia 16, a Circuit City, segunda maior cadeia dos EUA de lojas de produtos eletrônicos, informou nesta sexta-feira que chegou a um acordo com as autoridades americanas para liquidar suas operações e fechar as portas. A empresa tinha mais de 30 mil funcionários.





Fonte: Folha Online

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