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Nacional
Quinta - 13 de Junho de 2013 às 02:43

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A dona de casa Vera Lúcia Dinois, de 54 anos, que há 18 meses aguarda em Santa Lúcia (SP) por uma cirurgia no ombro, será operada na terça-feira (18) na Santa Casa de Araraquara (SP). Uma empresa especializada em próteses doou o material para o procedimento, orçado em cerca de R$ 20 mil. A operação já havia sido adiada três vezes porque o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferecia subsídio.


 
Com dores constantes, a mulher dormia dentro do carro da família como forma de amenizar o sofrimento. “Hoje amanheci chorando devido a uma forte dor minha filha me deu calmante. Mas após receber essa boa notícia eu chorei foi de felicidade”, relatou a dona de casa.


 
O procedimento cirúrgico está marcado para a próxima terça-feira à tarde. O ortopedista Maurício Melges Pavan revelou ter feito, na terça-feira (12), contato com vários fornecedores da região para ajudar a dona de casa.


 
“Uma empresa que está chegando agora em Araraquara doou o material especial e agora será possível operá-la. Assim que isso ocorrer, ela já irá ter uma vida normal, mas a expectativa é que o problema seja resolvido 100% em até dois meses”, ressaltou o médico.


 
Dona Vera declarou que não sabe descrever a alegria que está sentindo. “Assim que eu ficar boa quero voltar a cuidar da minha casa, fazer comida, lavar roupa, senti muita falta de realizar essas tarefas simples. Finalmente vou poder voltar a tomar banho sozinha, sem ajuda, o que será muito bom”, disse a dona de casa.


 
Acidente
As dores começaram após ter fraturado o ombro em uma queda, em dezembro de 2011. Desde então, ficou com o osso imobilizado à espera de cirurgia. “Colocaram uma tala no pronto-socorro e disseram para eu procurar um ortopedista. Ele começou a me acompanhar, disse que depois de 46 dias o osso estaria colado, comecei a fazer fisioterapia, a dor era grande e viram no raio-x que o osso ainda estava quebrado”, relembrou.


 
Após aguardar mais seis meses, Vera Lúcia conseguiu que marcassem a cirurgia na Santa Casa de Araraquara, em dezembro de 2012, um ano após a fratura. Entretanto, um acidente envolvendo o médico com quem se tratava fez com que a operação fosse cancelada e a cirurgia foi remarcada para maio deste ano.


 
Após essa segunda tentativa, uma nova cirurgia foi marcada para a última sexta-feira (7), também sem sucesso. “Estava na sala de cirurgia, o médico me viu, pediu desculpas e disse que tinha acontecido um erro e mais uma vez o material que estava lá não era meu”, comentou.


 
Noites no carro
Deitada sobre travesseiros e almofadas espalhados em cima do banco reclinado do veículo pouco espaçoso, ela passa as noites na garagem de casa, muitas vezes sem conseguir dormir. “Ela deita e eu fico com ela até meia-noite, quando eu vou para a cama, mas umas 2h, 3h, ela começa a buzinar de dor novamente. Só que na cama era pior”, comentou o marido, Élio Dinois, aposentado de 60 anos.


 
“Dependendo da situação eu fico com ela ou levo para o pronto-socorro”, disse. O companheiro conta que já chegou a deixar a ponta de uma corda com ela, que ficava amarrada no seu pé. “Quando sentia dor, era só puxar que eu sentia no quarto e levantava”, explicou.


 
Segundo Vera Lúcia, os mais de 20 comprimidos que toma por dia para conter a dor não trazem alívio. “Eu me sinto um lixo, não consigo fazer nada com tanta dor. Os remédios não adiantam mais e já perdi as contas de quantas injeções já tomei”, afirmou. Segundo ela, já foram mais de 100 aplicações. “Passo a noite chorando, os vizinhos escutam, sofrem junto comigo e com a minha família, mas nada pode ser feito”, falou.




Fonte: Do G1

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