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Quarta - 25 de Junho de 2008 às 13:26
Por: Sinézio Alcântara

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Um pescador foi atacado e morto por duas onças na região do pantanal a 230 quilômetros de Cáceres. Luiz Alex da Silva Lara, 22 anos, estava acampado, em companhia do pai, Alonso Silva Lara, 45 anos, na localidade denominada “pacu gordo”, próximo a estação ecológica do Taimã, no rio Paraguai, sentido Cáceres/Corumbá. O ataque aconteceu às 19h do dia 24, terça-feira. Os animais, supostamente, um casal surpreenderam o pescador quando ele dormia no acampamento.

As onças rasgaram a barraca e o puxaram pela cabeça. Ao retornar, o pai que havia saído para pegar iscas, ainda assistiu o filho ser dilacerado pelas feras. Alonso diz que nada pode fazer porque estava sem nenhuma arma de fogo. Ele ainda tentou tomar o filho das garras das onças, com um facão. Mas as tentativas foram vãs, porque todas as vezes que ele aproximava os animais ameaçavam atacá-lo também.

“Foi o momento mais difícil de minha vida ver o meu filho ser morto e não poder fazer nada”, observou assegurando que “se fosse só uma talvez eu tivesse conseguido, mas eram duas, se eu insistisse elas me matavam também”, disse Alonso. O pai conta que os animais arrastaram o corpo já sem vida por cerca de 50 metros do local. Após o pedido de socorro, outros pescadores compareceram, mas já era tarde. Luiz estava morto.

Após atacar e matar, as onças comeram as bochechas e a parte da nuca do pescador. A família não permitiu fazer imagem do corpo, durante necropsia no Instituto Médico Legal (IML), na manhã de ontem, em Cáceres, devido ao “estado” do corpo. A cabeça, principalmente, estava totalmente desfigurada. Havia também marcas de unhas nas pernas e nas costas da vítima.

Alonso Lara conta que esse não foi o primeiro ataque de onças naquela região. Pescadores de outros acampamentos, segundo ele, também já foram atacados. Ele atribui os constantes ataques das feras a falta de comida no local. “Há três anos haviam, jacarés, capivaras e outros bichos. Agora já não existem e para sobreviver as onças estão atacando os homens”.

O corpo do pescador foi resgatado, com autorização da Polícia Civil, pelo barco Babilônia. Da reserva ecológica do Taimã, a vítima foi levada para a sede da fazenda Jatobá, onde um veículo do IBAMA, responsável pela fiscalização na reserva, já o aguardava. O corpo chegou em Cáceres na manhã de ontem, onde até as 12h permanecia no IML para realização da necropsia. O pescador foi velado na rua da Violetas, no bairro Jardim Vila Nova.





Fonte: de Cáceres

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