Professores da Unemat dão 'cheque-mate' em Blairo e ameaçam greve

Professores e técnicos da Universidade do Estado de Mato Grosso ameaçam parar caso não tenham uma resposta do governador Blairo Maggi, hoje, em relação a readequação orçamentária. Uma comissão formada por gestores, sindicato docente, servidores e discentes, dos campi de Sinop, Tangará da Serra e Cáceres, se reunirão com Blairo, às 14 horas, em Cuiabá.

Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), professora Maria Ivonete de Souza, houve várias discussões e um estudo apontando a viabilidade de aumento nos repasses para a universidade. "A nossa expectativa é que o governo disponibilize um orçamento adequado para a universidade hoje, caso isso não ocorra, mesmo depois de todas as discussões, vamos debater o indicativo de greve", declarou, ao Só Notícias.

A proposta, segundo ela, é que, para este ano, o orçamento da Unemat, para todos seus campi e núcleos, fique em R$ 100 milhões. Atualmente, o valor é definido em 4.2% da arrecadação do ICMS, tributos cartorários e IPVA por ano, com base na lei 101 de 2001. A proposta é que seja fixado um percentual da receita resultante de impostos, inclusive transferências constitucionais obrigatórias do Estado.

Também será debatida a implementação dos planos de cargos, carreiras e salários (PCCS) de professores e profissionais técnico-administrativos, a alteração da carga horária dos cursos de graduação, o que implicaria na redução do número de professores interinos, otimização da estrutura organizacional da instituição, com mudança dos cargos de gestão dos docentes e PTES.

Desde o ano passado, reuniões são realizadas entre representantes da instituição e governo.

O campus de Sinop, que, além dos sete cursos no município, atende os núcleos em Lucas do Rio Verde e Sorriso, possui quase 2 mil alunos.