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Politica Brasil
Segunda - 24 de Março de 2008 às 09:16

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje (24) que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tenha caráter eleitoreiro. Após enumerar algumas das conquistas atribuídas às ações do governo, ele rebateu mais uma vez matérias publicadas recentemente pela imprensa que relacionam a iniciativa e a proximidade das eleições.

"Ora, é no mínimo uma coisa que me deixa indignado. Ou seja, o governo não está disputando nenhuma eleição. Não tem eleição para presidente da República e não tem eleição para governador. O programa é um programa que o governo federal anunciou com dois anos de antecedência e esse dinheiro agora está gerando aquilo que nós queríamos que ele gerasse: emprego e melhoria na vida das pessoas", afirmou em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente".

A distribuição da verba do PAC, garante Lula, não privilegia administrações de partidos da base aliada do governo.

"Quando vamos a uma cidade, eu não quero saber se o prefeito é candidato à reeleição, se o prefeito é do PFL, se o prefeito é do PT ou do PSDB. Ou seja, eu quero saber que ele tem uma obra importante para ser feita, sobretudo quando se trata de urbanização de favela e saneamento básico".

No início do mês, o presidente fez declaração semelhante. Durante lançamento de obras do PAC na periferia do Rio de Janeiro, Lula afirmou que o programa foi implantado em momento oportuno porque seu mandato termina em 2010 e ele não pode disputar a reeleição.

Reportagem de ontem da Folha informa que o governo Lula driblou o veto da legislação eleitoral a repasses de recursos federais para obras novas nos três meses que antecedem a escolha dos prefeitos e, sem alarde, listou por decreto quase 1.800 ações do PAC que terão seus gastos liberados na reta final das eleições.

A lista de projetos tratados como prioritários, de transferência obrigatória, é liderada por saneamento, urbanização de favelas e construção de casas. O Ministério das Cidades listou 158 municípios com obras desse tipo já contratadas. Todos os grandes centros, em que as eleições municipais terão mais peso na sucessão presidencial em 2010, foram contemplados.

Os projetos sem limite de despesas a partir de julho alcançarão mais de 1.000 cidades. Questionado, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) disse: "Tomara que influencie [o eleitor]". A oposição recorreu ao Supremo.





Fonte: Agência Brasil

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