Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 28 de Janeiro de 2008 às 07:50

    Imprimir


Enquanto Lutero Ponce (PP) curte a boemia e a praia de Ipanema, no Rio, ao menos três de seus colegas vereadores se articulam pela sua derrocada na presidência da Câmara Municipal de Cuiabá. Ele corre risco de ser cassado por infidelidade partidária. Desde já, Luiz Marinho (DEM), Ivan Evangelista (PPS) e Edivá Alves (PSDB) se movimentam em busca de respaldo dos demais colegas para suceder Lutero, caso este venha mesmo a perder o mandato. Destes, o nome mais cotado à sucessão na Mesa Diretora é de Marinho, que já presidiu o legislativo por dois mandatos.

Foi justamente Marinho quem recuou da última disputa após ter sido traído por Luiz Poção, que pulou para o grupo de Lutero e, em moeda de troca, foi contemplado com o cargo de primeiro-secretário. Assim, Poção e Lutero controlam o duodécimo mensal de R$ 1,6 milhão.

Apesar de Ivan e Edivá estarem no páreo, Marinho demonstra maior poder de articulação. Segundo alguns vereadores, seria o nome que mais aglutinaria no sentido de resgatar a imagem de um Legislativo, que passou a ser bombardeado desde a gestão Chica Nunes (PSDB) por causa de denúncias sobre supostas irregularidades. Hoje, Marinho teria respaldo de ao menos 10 dos 19 colegas parlamentares.

Lutero, que deixou o PP, pelo qual foi eleito em 2004 com 3.520 votos, e migrou para o PP, luta para não perder o mandato. Ele integra a lista de quase 500 parlamentares considerados infiéis. Sua estratégia é não ser notificado pelo oficial de Justiça, o que contribui para postergar o julgamento. O TRE tem somente 60 dias para julgar todos os processos.

Entre a maioria dos 19 vereadores o comentário é que a regra da fidelidade partidária vai acabar por tirar o mandato de ao menos três da Câmara de Cuiabá, entre eles de Deucimar Silva, que saiu do DEM e foi para o PP, de Lutero e de Éden Capistrano, que "fugiu" do PSB e foi para os braços do PSDB.

Caso Lutero perca o mandato, a atual primeira-vice Lueci Ramos (PSDB) passaria a presidir a Câmara por 30 dias. Nesse interím, conforme estabelece o Regimento Interno, ela teria que realizar uma nova eleição para suprir a vacância. Pelo prognóstico dos candidatos à presidência, ainda restariam cerca de 10 meses para conclusão do mandato de Lutero.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/188616/visualizar/