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Saúde
Quinta - 24 de Janeiro de 2008 às 11:48
Por: Jesiel Pinto

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A Secretaria de Estado de Saúde inicia um trabalho de orientação sobre cuidados com a saúde da população ribeirinha, em áreas de risco de desastres provocados por enchentes de águas da chuva.

O coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Oberdan Ferreira Coutinho Lira, explicou que “enchentes e inundações, em resultado do aumento das chuvas, são desastres naturais que podem causar danos à saúde e ao patrimônio e que aumentam os riscos de contaminação por várias doenças como a leptospirose, febre tifóide, doenças diarréicas, hepatite A e E, tétano e cólera”.

Em vista desse risco a população de áreas ribeirinhas está sendo orientada a tomar medidas preventivas para proteção da saúde. Dentre essas medidas está a de que moradores que habitem em áreas de risco não fiquem muito tempo em contato com as águas da inundação ou com a lama de enchentes, evitando a contaminação com alguma doença. Sob nenhuma hipótese se deve permitir que crianças brinquem com água ou lama de enchentes.

Se o morador tiver que manter contato com lama ou águas de enchentes, é recomendável que proteja pés e mãos com luvas e botas ou que esses membros sejam envolvidos por sacos plásticos que impeçam o contato da água e lama com a pele.

“Os alimentos devem ser protegidos de roedores, insetos e outros animais. Toda vez que moradores forem lidar com alimentos devem lavar cuidadosamente as mãos”, lembrou Oberdan Ferreira Coutinho Lira.

Um dos perigos, em ocasiões de enchentes, é de que os depósitos de água potável fiquem contaminados. Por isso uma medida preconizada é a correta lavagem dos depósitos. Primeiro deve ser retirada toda a água do recipiente (caixa d’água, baldes, tonéis e outros depósitos), fazendo-se a limpeza das paredes e do fundo do recipiente utilizando-se, para isso, pás, baldes, vassouras, rodos e panos utilizados somente para esse fim.

A seguir deve-se diluir um litro de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) em 1.000 litros de água e encher a caixa d’água com essa solução. Aguardar 30 minutos e, então, abrir as torneiras para esgotar a água. Se não quiser perder o líquido aguarde 1h30 para utilizá-lo.

Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 2008, uma reunião interinstitucional entre a Secretaria de Estado de Saúde, Superintendência de Vigilância em Saúde e a Superintendência de Defesa Civil, vai estabelecer fluxos de orientações e cuidados com a saúde em casos de enchentes causadas por chuvas, desastres e queimadas. A reunião acontece no Parque Massairo Okamura, com abertura prevista para as 8h.

“No primeiro dia da reunião estaremos debatendo formas de trabalho conjunto com a Defesa Civil, examinando organogramas e programas da SES que podem ser acionados em casos de enchentes, desastres e queimadas. No segundo dia iremos estabelecer a matriz do fluxo dos trabalhos entre os setores da SES (Vigilância em Saúde Ambiental) e a Defesa Civil e a definição do colegiado para a estruturação do Centro Integrado de Saúde e Meio Ambiente (CIMAS)”, informou o coordenador.

AÇÕES DA SAÚDE - A partir deste início do ano de 2008 começam a ser efetivadas as ações do programa Vigidesastre, instituído por decreto do Governador Blairo Maggi em 15 de Maio de 2006. Para tanto, segundo Oberdan Ferreira Coutinho Lira, dois servidores da SES participaram de um Curso Internacional de Líderes, realizado pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS).

“Mas mesmo antes do início de 2008 a Vigilância em Saúde Ambiental vem desencadeando ações como a publicação do Boletim de Qualidade do Ar, a cada três dias, que vem sendo feita desde Outubro de 2007 e que promove informações sobre cuidados com doenças respiratórias e da incidência de raios ultravioletas”, explicou Oberdan Ferreira Coutinho Lira.

Também, entre final de Fevereiro e início de Março deste ano deve ser realizada uma reunião para debater e implantar o Plano Internacional de Contingência contra a Poluição Atmosférica e seus Efeitos na População. O Plano é uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), o Instituto de Metrologia de Mato Grosso (Inmetro) e uma equipe de observadores do Paraguai.

“O Plano Internacional de Contingência contra a Poluição Atmosférica e seus Efeitos na População é uma ação de prevenção sobre como reagir aos efeitos das queimadas e é implementado por causa do grande número de queimadas no Estado, verificado durante o ano de 2007”, finalizou o coordenador.





Fonte: SES-MT

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