Ederson Lirio e Priscila Daiane Teixeira foram em Cuiabá presos com cocaina embalada a vacuo, escondida no apartamento
Embora o patrulhamento ostensivo e preventivo tenha aumentado substancialmente, o mundo do tráfico encontra alternativas para burlar a lei e continuar fazendo da desgraça dos jovens um lucrativo negócio. Na noite desta sexta-feira, investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), da Polícia Judiciária Civil, na Capital descobriu um novo formato de passagem da droga: a droga estava distribuída em vários papelotes embalados a vácuo e escondida em compartimentos falsos.
E esse esquema aprimorado de tráfico de drogas só foi descoberto por conta da tenacidade dos agentes. A equipe policial da Derf investigava receptação de produtos roubados e furtados de residências e comércios de Cuiabá, quando chegou a apreensão de quase dois quilos de cocaína, um notebook furtado e um aparelho de TV.
A Polícia Civil encontrou, em buscas em um apartamento no Residencial da Avenida 8 de Abril, para surpresa geral, quase dois quilos de cocaína já refinada. Compartimentos falsos do apartamento, como fundos de tomadas de energia elétrica, na parede, serviam para esconder o produto.
Segundo a Assessoria da Polícia Civil, o apartamento pertence ao casal Ederson Xavier de Lírio, 30, e Priscila Daiane Teixeira, 24, ambos autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e receptação.
O suspeito Ederson classificou o negócio como de “Alta Tecnologia”, pois dispunha em seu quarto de um pequeno escritório para confecção da droga, tanto para o refino, com componentes químicos, como para o embalo. Ele mantinha uma mesa com uma guilhotina para cortar o plástico, uma máquina de embalagem a vácuo, balança de precisão e outras ferramentas.
Duas garrafas de bebidas, importadas dos Estados Unidos foram encontradas e eram utilizadas também para armazenar drogas. A garrafa tinha fundo falso, uma abria por baixo e a outra por cima. Nelas eram colocadas drogas para serem comercializadas em festas, bares e shows, assim como os papelotes.
O delegado Roberto Amorim, que acompanhou no local as buscas, disse que a descoberta deixa evidente a interligação dos crimes, como o furto/roubo e a receptação para alimentar o tráfico de drogas.
“É uma cadeia do crime”, afirmou.
Conforme o delegado, a Polícia Civil chegou a Ederson por meio de investigações em que havia denúncias de pessoas utilizando uma Corsa na prática de furtos em bairros residências. Depois as informações passaram para utilização de um Corolla preto, ambos os carros eram usados pelo suspeito e seus cúmplices nas ações criminosas.
O preso Ederson tem passagem por receptação de veículo roubado. Ele foi encaminhado para uma unidade prisional da Capital e sua companheira ao presídio feminino.
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