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Internacional
Segunda - 14 de Janeiro de 2008 às 19:31

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Detroit (EUA), 14 jan (EFE).- As companhias General Motors (GM), Ford e Chrysler estão debruçadas em uma profunda renovação de estilo e espírito, cujos primeiros resultados podem ser vistos na atual edição do Salão Internacional do Automóvel da América do Norte (Naias, na sigla em inglês), na cidade americana de Detroit.

A crise de vendas dos últimos dois anos, a alta dos preços do petróleo e a ascensão de fabricantes asiáticos abalaram os alicerces da indústria automobilística americana.

Neste domingo, o presidente da GM, Rick Wagoner, inaugurou a presença de sua empresa no salão norte-americano com um discurso em que deixou claro que o setor tem de deixar para trás, e de uma vez por todas, o petróleo como fonte de energia.

"Para nós, para GM, a resposta (à crise energética) é perfeitamente clara. Como necessidade empresarial, e como obrigação à sociedade, temos de desenvolver fontes alternativas de propulsão, baseadas em diversas fontes de energia, para responder à crescente demanda por nossos produtos", afirmou Wagoner.

A GM deve introduzir 16 novos modelos híbridos nos próximos quatro anos. No salão norte-americano, a fabricante apresentou o Escalade Hybrid-2009, o primeiro utilitário de luxo e híbrido de grandes dimensões.

A combinação de motores elétricos e de gasolina do veículo permitirá ao comprador economizar até 50% de combustível em condução urbana, em comparação com a versão convencional.

A GM também apresentou no salão o Saab 9-4x, protótipo de "crossover" (CUV, "Crossover Utility Vehicle") dotado de motor BioPower de 2 litros e otimizado para utilizar biocombustíveis como o E85 (85% de etanol e 15% de gasolina).

Bob Lutz, vice-presidente da GM, disse hoje que em junho começarão os testes de rua das baterias de lítio-íon que equiparão o Volt, componente básico para o êxito do projeto. Wagoner já declarou que se a tecnologia das baterias estivesse pronta o Chevrolet Volt seria uma realidade.

A Ford, por sua vez, está exibindo no salão mostras do processo de transformação por que passa a companhia. A fabricante apresentou o protótipo Verve, plataforma para testar idéias e conceitos que estarão nos carros menores da marca a partir de 2010.

Na prática, o Verve traz ao mercado americano a experiência da Ford na Europa com os veículos de dimensões mais reduzidas.

Mas a Ford tem em mente uma idéia mais revolucionária: "reeducar" o consumidor americano e convencê-lo de que "o grande não é necessariamente o melhor".

Com os descendentes do Verve, a Ford espera disparar as vendas de carros de grandes dimensões nos EUA.

A Ford já está aplicando essa idéia a outros segmentos. A marca já abandonou a fabricação de monovolumes. No campo dos utilitários, os "dinossauros" do mundo automobilístico, a fabricante começará a vender este verão o Flex, modelo que pretende promover como substituto dos utilitários.

O Flex tem as dimensões de um utilitário médio, mas é fabricado seguindo o esquema dos "crossovers", com uma plataforma que reduz peso, consumo e melhora a condução.

Junto com a nova tecnologia para motores EcoBoost, que foi apresentada no salão norte-americano, e a crescente utilização de materiais reciclados, a Ford espera revolucionar o setor.

Enquanto isso, a Chrysler, a menor das três fabricantes americanas, optou por uma estratégia distinta.

Incapaz de investir as centenas de milhões de dólares necessárias para a criação de um novo automóvel, a fabricante decidiu aliar-se para conseguir veículos mais razoáveis no curto prazo: primeiro com a marca chinesa Chery, e agora com a japonesa Nissan.

Para o futuro, a Chrysler revelou os protótipos ecoVoyager, um veículo elétrico com célula a combustível, o jipe Renegade, outro elétrico com um motor Bluetec diesel para aumentar sua autonomia, e o Dodge ZEO, um esportivo também elétrico.




Fonte: EFE

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