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Cultura
Domingo - 23 de Dezembro de 2007 às 18:27

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NOVA YORK, 14 Nov 2007 (AFP) - A morte levou durante o ano o escritor americano Ira Levin, autor de "Os meninos do Brasil", aos 78 anos, por causas naturais.

Ira Levin escreveu obras de teatro, romances policiais e de ficção científica. Escritor hábil numa grande variedade de gêneros, do mistério e terror a comédias da Broadway, Levin vendeu milhões de livros, apesar de ter produzido apenas sete romances em quatro décadas, segundo o Times citando seu agente Phyllis Westberg.

Muitos de seus livros foram adaptados para o cinema. O mais conhecido é "O bebê de Rosemary", baseado em "A semente do diabo" e levado às telas por Roman Polanski em 1968. No Brasil, o livro foi publicado com seu título original, "O filho de Rosemary".

O filme fez grande sucesso ao relatar a história de uma jovem envolvida num grupo satânico e que engravida misteriosamente.

Seu romance "Mulheres perfeitas", publicado em 1972 e levado para o cinema em 1975, conta a história de donas-de-casa substituídas por robôs e teve um 'remake' de pouca repercussão em 2004, apesar de estrelado por Nicole Kidman.

"Os meninos do Brasil", escrito em 1976 e adaptado para as telonas em 1978 é o relato de um bizarro complô nazista para ressuscitar Adolf Hitler e o Terceiro Reich na América do Sul no fim dos anos 70.

Levin nasceu em Nova York em 1929 e serviu no exército dos Estados Unidos no início da década de 1950, depois de deixar a universidade. Escreveu roteiros para a televisão, como histórias para a série "Alfred Hitchcock Presents", antes de publicar, em 1953, seu primeiro romance, "A Kiss Before Dying".

Este livro lhe valeu o prêmio de melhor primeiro romance da Associação de Escritores de Mistério dos Estados Unidos e foi adaptada duas vezes para o cinema. Também escreveu obras de teatro, incluindo comédias para a Broadway.

De acordo com o New York Times, Levin se sentia infeliz pelo legado popular de satanismo que seguiu à publicação de "O bebê de Rosmary".

"Sinto-me culpado que 'O bebê de Rosmary" tenha levado a 'O exorcista'", afirmou Levin ao jornal Los Angeles Times em 2002. "Uma geração completa foi exposta ao satanismo, há mais crentes em Satã".

"Não acredito em Satã. E acredito que o forte fundamentalismo que temos não seria tão forte se não tivesse sido por muitos desses livros", acrescentou.

"Mas não devolvi nenhum dos cheques por meus direitos autorais", complementou.




Fonte: AFP

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