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Nacional
Segunda - 17 de Dezembro de 2007 às 00:47

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, durante seu programa de rádio “Café com o presidente”, que foi ao ar nesta segunda-feira (17), sobre a derrota imposta pelo Senado Federal ao Governo, na quarta-feira (12), ao votar pelo fim da CPMF. Lula disse que não pretende ser irresponsável para encontrar uma maneira de cobrir o rombo R$ 40 bilhões nas contas de sua administração a partir de janeiro de 2008. Ele afirmou que não quer comprometer a saúde do Brasil e nem criar impostos repentinos.

“É preciso manter a estabilidade. Dependemos de uma política fiscal dura, de controlar a inflação e não permitir que os estados gastem mais do que podem arrecadar”, disse Lula.

Para o presidente, não há razão para desespero na esfera federal. Ele afirmou que não pretende criar impostos repentinos. “Não há nenhum motivo para qualquer precipitação, para novos impostos. Vamos ver qual foi o estrago. Eu preciso discutir com os ministros da Fazenda e do Planejamento e tomar as medidas mais maduras possíveis”.

O presidente comparou a situação pós-corte da CPMF com a administração de sua própria casa. “Isso é uma coisa sagrada. O que tenho de fazer na minha casa, no meu orçamento, e que fiz durante a vida inteira, faço como presidente da república”.

Derrota

Lula comentou também a recente derrota no Senado. “O resultado é daquelas coisas importantes da democracia. Nós tivemos a maioria, mas não ganhamos. Quatro pessoas da nossa base votaram contra”. O presidente, porém, já sabe quem foi o maior prejudicado. “Quem perdeu? Foi o Lula? Foram os governadores? Não! Foi o país, foram seis mil prefeitos, 27 governadores e toda a população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS)”, resumiu.

Mas, de acordo com Lula, nem tudo está perdido. “Acabou o mundo? Não! Vamos ter que pensar, ver como arrecadar uma parte desses recursos. Não podemos ser irresponsáveis com a saúde brasileira em função dos votos de alguns. É preciso trabalhar com muita maturidade e encontrar uma solução”. Mas, segundo o presidente, não se pode deixar de pensar na saúde do país. “O Brasil está indo bem, a economia está bem. Não quero que nada atrapalhe”.





Fonte: G1

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