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Politica Brasil
Sexta - 30 de Novembro de 2007 às 13:49
Por: Simone Alves

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O retorno do ex-deputado federal Lino Rossi (PP) à TV vem causando polêmica. Ele estreou na última segunda (26) o telejornal "Notícias de Mato Grosso", na TV Rondon (afiliada da Rede TV!). Trata-se de um dos protagonistas da máfia das sanguessugas, esquema de negociação de propina envolvendo compra de ambulâncias às prefeituras a partir de emendas de parlamentares junto ao Orçamento da União. Para piorar, foi detido neste ano por dois dias por descumprir ordem judicial. De volta à TV, Rossi não vai recorrer ao velho estilo agressivo de até defender pena de morte. Traz temas e enfoques variados. O problema está na falta de credibildiade, que tenta reconquistá-la como na época que apresentava o Cadeia Neles, programa da Record líder em audiência no Estado.

Nesta quinta, marcando o quarto dia no ar, Rossi convocou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, para um debate sobre os índices de violência. Ele se diz amigo de Brito e avisou que pretende ser parceiro. “Eu quero jogar no seu time, quero trabalhar com o senhor”, disse o apresentador. Em seguida, diz: "O palanque é do senhor. Palanque, não, estúdio, porque aqui ninguém vai fazer politicagem.

Frases como, por exemplo, “quero Justiça”, “não vamos fazer politicagem”, “vou cobrar”, passaram a ser utilizadas com frequência por Rossi.

O problema é o descrédito. Ele não foi julgado e nem condenado pela Justiça mas, socialmente, está quase morto. Lino Rossi é alvo de duras críticas por defender, na TV, honestidade, transparência e probidade e combater a corrupção enquanto, como parlamentar, teria feito tudo o contrário. Ele foi vitrine, virou vidraça e agora tenta jogar pedra de novo. De terno e gravata e com grande capacidade de convencimento, Rossi procura em seu programa a válvula de escape para recuperação da imagem de boa índole. Na época do Cadeia Neles, ele era ovacionado e distribuía até autógrafo. Também já esteve à frente do Cidade Alerta Nacional.

Acusação

O ex-deputado é acusado de ter recebido R$ 3 milhões em propina para propor emendas individuais ou de bancada. Seria um dos articuladores do esquema entre políticos e a Planam, empresa de Darci e Luiz Vedoin.

Lino Rossi começou na vida pública como vereador por Cuiabá. Em 2000, disputou e perdeu a Prefeitura de Várzea Grande. Depois foi deputado federal por dois mandatos. Ele chegou a ter o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara. Seu processo, porém, não foi concluído. O mandato venceu primeiro.





Fonte: RD News

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