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Educação/Vestibular
Quinta - 22 de Novembro de 2007 às 21:36

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2007 teve as maiores médias nas questões objetivas dos últimos cinco anos. Na parte composta por 63 testes, os estudantes do país obtiveram média de 51,52, em cem pontos possíveis – bem maior do que em 2006, quando a nota média foi de 36,90.

Mas também aumentou a diferença de notas entre estudantes da rede particular e da rede pública na parte objetiva do exame. Este ano, alunos da rede particular do país atingiram a nota de 68,04 nas questões objetivas, ao passo que a rede pública teve média de 49,20, levando a uma diferença de 18,84 pontos. Em 2006, essa diferença foi de 15,63 pontos (em cem).

O aumento da média nas questões objetivas pode render pontos a vestibulandos que prestam exames como a Fuvest, que seleciona candidatos para a Universidade de São Paulo (USP). De acordo com estudantes ouvidos pelo G1 logo após o exame, a impressão geral da prova foi a de que o nível de dificuldade diminuiu em 2007, com relação ao Enem do ano passado.

Na redação, o desempenho geral foi melhor na edição de 2007: a nota média no Brasil ficou em 55,99 e na edição do ano passado foi de 52,08. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC). A consulta dos candidatos ao boletim individual estará disponível no site do Inep a partir desta sexta-feira (23). Os candidatos também receberão o boletim de desempenho pelos Correios.

Com aumento de médias também melhoram as possibilidades de estudantes da rede pública que pretendem pleitear uma bolsa em universidade particular pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni), do Governo federal. O ProUni exige desempenho mínimo de 45 pontos na redação e nas questões objetivas.

Desigualdade

A nota do Enem, segundo o que o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad afirmou no ano passado, não deve ser utilizada para fazer comparações de um ano para outro, pois as provas são diferentes.

Mas, de acordo com ele, as médias servem bem para comparar a distância entre o ensino médio particular e o público, que se aprofundou em muitos estados. Em Goiás, por exemplo, os estudantes da rede particular chegam a acertar 20,92% a mais de questões do que os alunos da rede pública.

No Sul do país, os estudantes das escolas públicas tiveram os melhores resultados nas questões (53,54). Mesmo assim, essa média ficou abaixo das piores notas das escolas particulares na prova objetiva, verificada na região Norte (58,96).

Na rede pública, o estado que obteve as maiores médias nas questões objetivas foi o Rio Grande do Sul, com 55,89 pontos. O pior desempenho da rede pública nas questões ficou com o Tocantins: 41,98 pontos. Para as questões, na rede particular, o estado que conseguiu maior média foi São Paulo (71,60), e a pior média ficou com Alagoas (54,03).

Já na dissertação diminuiu um pouco o desnível entre a rede particular e a pública: de 8,54 pontos, em 2006, para 7 pontos em 2007. A diferença é pequena e vale lembrar que muitos estudantes descartam a prova de redação, porque em vários vestibulares apenas a pontuação da prova objetiva é considerada.

O melhor desempenho da rede pública com a redação ficou com o Rio Grande do Sul, com 59,71 pontos e o pior ficou com o Tocantins, com 50,44. Já na rede particular, as maiores notas da dissertação apareceram em Goiás, com 64,71, e as piores, em Roraima (57,42).

Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, leva tempo para corrigir essas distorções: "O desempenho da educação no Brasil não é algo que a gente possa se orgulhar muito. Então, é preciso investir em educação. Esse é um elemento importante para que os resultados venham", diz.

Por regiões

No Brasil, o estado com a média geral mais alta nas questões objetivas foi o Rio Grande do Sul, com 56,27 pontos. Já o estado que teve o pior desempenho foi o Tocantins, com 42,77 pontos. O mesmo aconteceu com as notas de redação, a maior média, de 59,74, ficou no com o Rio Grande do Sul e a menor média, 50,70, ficou com o Tocantins. Por regiões, as maiores notas de prova objetiva e da redação ficaram com o Sul do país, 54,82 e 57,81, respectivamente. Já as piores médias de ambas as partes do Enem, ficaram com o Nordeste: 46,91, na parte objetiva e 55,20 na redação. renato




Fonte: G1

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