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Politica Brasil
Domingo - 28 de Outubro de 2007 às 04:50

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As declarações polêmicas do secretário de Estado de Fazenda, Waldir Teis, que comparou os deputados a papagaio, têm contribuído para ampliar a rota de colisão entre o Legislativo e o Executivo. Os interesses pessoais nas próximas eleições se juntam aos ingredientes que vêm azedando a relação dos dois Poderes. Acuado por um grupo de parlamentares, que vem se articulando para criar a CPI com vistas a apurar os incentivos fiscais concedidos pelo governo Blairo Maggi, Teis se mostrou irritado durante visita à Assembléia. Antes, ele já vinha acompanhando as sessões, pela TV AL, e se mostrava inconformado com o bombardeio de críticas por não responder aos requerimentos com pedidos de informações.

Num determinado momento do debate, Teis sugeriu que os parlamentares se movimentassem no sentido de buscar informações junto ao governo ao invés de ficarem esperando os dados, de forma cômoda. "Estão fazendo que nem papagaio, que quer sempre o milho mastigado", reagiu o secretário de Fazenda. Em seguida, emendou, negando omissão de informações sobre critérios e quantidades de empresas contempladas com renúncias fiscais: "É só olhar no Diário Oficial do Estado que todos as informações estarão lá. Mas se não querem pesquisar, o governo não pode fazer nada", diz Teis, que cuida do caixa de R$ 6 bilhões do Estado.

Os deputados não gostaram da cutucada de Teis, que sonha com sua indicação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e foram reclamar para o governador. Maggi passou, então, a agir como bombeiro para apagar incêndio. Em verdade, Teis sente-se acuado, pois precisa encontrar resposta aos vários questionamentos acerca dos incentivos fiscais. Os deputados, por sua vez, reclamam da postura do secretário, a quem classificam de arrogante.





Fonte: RD News

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