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Esportes
Quinta - 13 de Setembro de 2007 às 06:50

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A quinta-feira promete ser agitada para a Fórmula 1 em Paris, na França, onde acontece uma nova audiência para analisar o caso de espionagem envolvendo as escuderias McLaren e Ferrari. Com novas provas em mãos, os dirigentes do Conselho Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) tentarão definir se a escuderia de Fernando Alonso e Lewis Hamilton usou informações confidenciais da adversária italiana para levar proveito no Mundial de 2007.

Na última semana, a FIA anunciou que ao invés de uma reunião em seu tribunal, convocaria o conselho extraordinariamente para analisar as evidências que tinham aparecido. Fortes rumores circularam no paddock de Monza, no final de semana, dando conta que essas provas seriam uma troca de e-mails entre Alonso e o reserva da McLaren, Pedro de la Rosa.

Além das evidências, a FIA contará com todos os dados coletados pelo Tribunal de Modena, na Itália, órgão responsável pelo processo civil que a Ferrari moveu contra a rival.

Na reunião desta quinta-feira, o Conselho da FIA pode colocar um fim à história policial que começou em julho passado. Caso a McLaren seja considerada culpada por uso indevido de informações sigilosas de uma adversária, corre o risco de ser excluída das temporadas 2007 e 2008.

Em uma punição mais amena, a escuderia inglesa pode perder apenas seus pontos no Mundial de Construtores, com uma liberação para os pilotos, que no momento lideram o campeonato com o primeiro e segundo lugares.

Na expectativa de uma punição para a McLaren, o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, afirmou que gostaria de conquistar o título de 2007 mesmo que seja no "tapetão". "Se vencermos o campeonato mundial no tribunal será merecido, pois significa que aqueles que foram punidos não o conquistaram de uma forma correta, de uma forma leal ao esporte", disse o dirigente.

A história de espionagem começou com uma denúncia da Ferrari, que demitiu Nigel Stepney sob a alegação de sabotagem e troca de informações confidenciais. O ex-diretor do time italiano teria entregado a Mike Coughlan, então funcionário da McLaren, um relatório de mais de 500 páginas com dados técnicos de seu time.

Segundo relatório do Tribunal de Modena, os dois diretores teriam trocado muitas ligações telefônicas, especialmente durante os finais de semana de corrida, um indicativo de troca de informações. Ambos estão sendo julgados em um processo separado.

No dia 26 de julho, a FIA isentou a McLaren de qualquer punição alegando não ter provas suficientes de que o time teria usado tais informações recebidas por Coughlan de forma a alterar o andamento natural do campeonato. A entidade, no entanto, deixou o caso em aberto, para a possibilidade de novas provas surgirem.

Antes do GP da Itália, a FIA enviou uma carta a todas as equipes e aos pilotos da McLaren exigindo que todas as provas sobre o caso fossem entregues a ela sob risco de dura punição. Caso colaborassem, a entidade prometia "anistia".

Para se defender, a McLaren prepara um dossiê de contra-ataque. O chefe da equipe, Ron Dennis, trabalha em um documento que pode acusar não apenas a Ferrari, mas também a Renault, de usar partes proibidas em seus carros. A FIA, no entanto, divulgou comunicado dizendo que a reunião desta quinta-feira será focada nas novas provas sobre o caso de espionagem, apagando um pouco o trunfo da escuderia.

Uma saída para a Mclaren é ser absorvida pela Mercedes, sua parceira, caso seja excluída do campeonato. A equipe receberia uma nova licença da FIA e já não contaria mais com Ron Dennis em seu comando. A decisão deve sair na tarde desta quinta-feira.





Fonte: Folha Online

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